Por seu lado, na secção Pardi di Domani, encontra-se a coprodução portuguesa “Vulcão: O que sonha um lago?”, da romena Diana Vidrascu, desenvolvida em residência artística no âmbito do festival açoriano Walk & Talk, enquanto Maya Kosa e Sérgio da Costa mostram "L'île aux oiseaux", uma produção suíça a concurso na secção Cineastas do Presente.
Fora de competição vai ser apresentado "Prazer, Camaradas!", de José Filipe Costa.
Num texto publicado na página do evento, a organização do festival salienta, em particular, o regresso do cineasta Pedro Costa a Locarno, onde já foi premiado por filmes como “No Quarto de Vanda” e, mais recentemente, “Cavalo Dinheiro”.
Numa edição dedicada ao antigo diretor da Cinemateca suíça Freddy Buache, que morreu em maio, e que vai atribuir um prémio de tributo à atriz norte-americana Hilary Swank, a competição internacional vai contar também com o filme brasileiro “A Febre”, de Maya Da-Rin.
O novo trabalho de Pedro Costa, “Vitalina Varela”, era há muito aguardado, tendo sido até anunciado - por erro – no alinhamento da secção Un Certain Regard, no festival de Cannes deste ano.
Com argumento de Pedro Costa, o filme retrata a mulher cabo-verdiana que lhe dá título, de 55 anos, que “chega a Portugal três dias depois do funeral do marido”. “Há mais de 25 anos que Vitalina estava à espera do seu bilhete de avião”, pode ler-se na sinopse disponível na página do Instituto do Cinema e do Audiovisual, que cofinancia a obra.
O musical “Technoboss”, de João Nicolau, é uma coprodução entre Portugal e França com argumento de João Nicolau e Mariana Ricardo, protagonizada por Miguel Lobo Antunes e Luísa Cruz.
“Luís Rovisco, sexagenário divorciado, espera em breve cessar as suas funções de diretor comercial da empresa SegurVale – Sistemas Integrados de Controlo de Circulação. Espera sentado, a maior parte das vezes ao volante e a cantar sobre o que lhe vai passando à frente. De resposta pronta e sorriso fácil, é senhor de uma bagagem que lhe permite escapar de forma sempre airosa às armadilhas que a tecnologia, os colegas e um misterioso patrão ausente parecem semear-lhe pelo caminho. Nem a morte de Napoleão (um gato), nem uma persistente dor no joelho ou um desaguisado familiar o fazem soçobrar: não há mal que uma canção não vença. Mas diante de Lucinda, a rececionista do Hotel Almadrava, a música é outra”, adianta a sinopse disponibilizada pela produtora O Som e a Fúria.
Já “O Fim do Mundo” é a segunda longa-metragem de ficção do luso-suíço Basil da Cunha, exibida nas “Lisbon Screenings” do IndieLisboa, em maio. A sinopse do filme, publicada no programa dessas sessões para profissionais do IndieLisboa, contava a história de Spirra, um jovem que acaba de sair de um colégio interno e se encontra de novo com os amigos na Reboleira.
“Giovanni, o líder, tenta convencer o grupo a assaltar a casa de Kikas, um dos traficantes da Reboleira, mas Spirra apaixona-se por Iara, uma rapariga do bairro, acabando por se afastar de Giovanni. O destino do grupo estará ligado ao do bairro e dos seus habitantes”, acrescenta o texto.
O júri da competição internacional vai ser presidido pela realizadora francesa Catherine Breillat, contando também com a produtora Ilse Hughan, o crítico Emiliano Morreale, o ator Nahuel Pérez Biscayart e a cineasta Angela Schanelec.
Na secção Pardi di Domani encontram-se também os filmes brasileiros “Carne”, de Camila Kater, e “Chão de Rua”, de Tomás van der Osten, enquanto na Moving Ahead o programa inclui “Swinguerra”, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca.
Na retrospetiva dedicada ao cinema negro, que foi antecipada de 2020 para 2019, serão exibidos os brasileiros "Abolição", de Zózimo Bulbul, "Amor Maldito", de Adélia Sampaio, e "Orfeu Negro", de Marcel Camus.
O 72.º festival de cinema de Locarno realiza-se entre 07 e 17 de agosto naquela cidade suíça, exibindo 50 curtas-metragens e 29 longas em quatro secções competitivas, para além dos visionamentos na Piazza Grande, onde cabem mais de 8.000 espectadores.
(Artigo atualizado às 14:15)
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