O festival marca o regresso dos eventos presenciais em Óbidos com a realização de mais de 160 atividades previstas no programa que integra 16 mesas de autor e debates no Folio Autores, 35 iniciativas no Folio Educa, 75 eventos do Folio Mais, Banda Desenhada e Folio Ilustra, 23 concertos e 12 exposições.
Mantendo a sua afirmação como evento literário com cariz internacional, o festival destaca-se por “30% da programação ser composta por convidados estrangeiros que se deslocam a Portugal especialmente para festival”, de acordo com a organização que destaca a presença de oradores de países como o Brasil, Bélgica, Turquia, Itália e Espanha, entre outros.
A conversa que junta, na quinta-feira, Leïla Slimani e Juan Gabriel Vasquez, é o ponto de partida para as mesas por onde passarão Isabel Lucas, Itamar Vieira Júnior, Jeferson Tenório, Paulo Scott, Fernando Rosas, Lilia Schwarcz e Richard Zimler.
Também passarão pelo evento Jung Chang, Mário Lúcio, Mário de Carvalho, Alberto Manguel, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira, Dulce Maria Cardoso, João Paulo Borges Coelho, Ana Margarida de Carvalho, Ana Luísa Amaral, Amália Bautista, Tatiana Levy, Giovana Madalosso, Cláudia Andrade, Luís Cardoso, Ece Temelkuran, Daniel Innenarity, Ilja Leonard Pfeiffer, Davide Enia, Bruno Vieira do Amaral, Maria Antónia Oliveira e Daniel Sampaio.
A edição que tem como tema “O outro” conta este ano com uma nova área de programação ligada à banda desenhada, a juntar aos cinco capítulos que anualmente marcam a programação do festival. Nomeadamente, o Folio Autores (com curadoria de Ana Sousa Dias e Pedro Sousa), o Folio Educa (com curadoria de Ana Sofia Godinho), o Folio Ilustra (com curadoria de Mafalda Milhões), A Folia (numa parceria com a Fundação Inatel, responsável pelo programa de concertos), O Folio Mais (com curadoria de José Pinho) e o Folio Boémia, que tem como curadoras Maria Salvador e Catarina Machado.
A edição 2021 irá também celebrar a obra do escultor José Aurélio e os 50 anos da galeria Ogiva, em Óbidos, da qual foi fundador.
O festival terá ainda como novidade o lançamento da primeira edição do Prémio Literário Fernando Leite Couto, que tem como objetivo a promoção de jovens escritores moçambicanos.
O prémio é uma parceria entre a fundação com o mesmo nome (criada pelo pai do escritor Mia Couto, em Maputo), a Câmara de Comércio Portugal Moçambique e a Câmara Municipal de Óbidos.
Durante o festival, entre os dias 14 e 24, decorrerá em simultâneo na vila o Óbidos Living Streets, evento que concentra na Porta da Vila atividades ligadas à sustentabilidade e ao ambiente. No local – onde será criada uma zona pedonal e um mercado de frutas, flores e livros – serão desenvolvidas atividades de educação ambiental para crianças e animação musical.
Visando tornar o festival mais inclusivo, a organização do Folio lança também este ano um folheto em braile, elaborado em parceria com a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais.
A literatura e a folia voltam a invadir museu, galerias e livrarias da vila que contará com uma tenda montada na Praça de Santa Maria (onde decorrem a maior parte das sessões) e uma segunda tenda na Cerca do Castelo, onde se realizam todos os concertos da Folia.
O Folio teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.
Palco de lançamentos de livros, debates, mesas redondas, entrevistas, sessões de autógrafos e conversas, entre escritores e leitores, o Folio passou no ano seguinte a ser suportado pela autarquia que, para este ano, prevê um orçamento próprio de 256 mil euros.
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