O projeto pretende dar uma resposta à pergunta colocada pelo curador da bienal do próximo ano, Hashim Sarkis, sobre “Como vamos viver juntos?”, e para isso é dada uma “resposta clara”, segundo o comunicado da DGArtes.
Assim, o projeto propõe-se “analisar e debater a produção da arquitetura portuguesa nos primeiros 45 anos de democracia, numa perspetiva alargada, ancorada em sete processos mediáticos que trabalham a problemática do habitar nas suas dimensões física e social.”
“O projeto expositivo ‘In Conflict’ estrutura-se a partir de duas metades complementares – a primeira dá, em exposição, notícia da arquitetura portuguesa através dos sete projetos de arquitetura e a segunda aborda a dimensão do conflito através de encontros performativos para debate. Esta estratégia encontra o seu reflexo na própria disposição espacial dos conteúdos e atividades, com a metade expositiva articulada nos espaços interiores do primeiro piso do Palácio Giustinian Lolin e a segunda metade triangulada entre os espaços exteriores do palácio em Veneza, Lisboa e Porto”, adiantou o mesmo comunicado.
A DGArtes salientou ainda que o palácio onde vai ficar instalada a representação portuguesa foi “reestruturado no século XVII por Baldassarre Longhena, sobre uma primeira edificação que remonta ao século XV, onde está sedeada a Fundação Ugo e Olga Levi Onlus”.
Segundo a biografia disponibilizada pela DGArtes, o coletivo depA “é um espaço de discussão e criação arquitetónica, tanto na sua forma de projeto como nas suas variáveis interdisciplinares”, tendo “desenvolvido projetos de arquitetura das mais variadas escalas e elevados graus de exigência, de encomenda tanto pública como privada”, dos quais se destaca o Pavilhão do Lago, em Serralves, no Porto, a Casa do Rosário, também no Porto, a Casa da Cultura de Pinhel, em Pinhel, entre outros.
Em julho, foi anunciado que os arquitetos e ateliers Célia Gomes, depA, Eliana Sousa Santos, Luís Santiago Baptista e pontoatelier tinham sido os candidatos convidados para o concurso limitado para seleção do projeto que irá representar Portugal na 17.ª Bienal de Arquitetura de Veneza.
Segundo a informação disponibilizada na altura, a escolha do projeto da próxima Bienal de Arquitetura de Veneza seria da responsabilidade de um júri presidido pelo diretor de Serviços de Apoio às Artes da DGArtes, Nuno Moura.
Além de Nuno Moura, o júri incluiria os arquitetos Inês Lobo (curadora da representação oficial portuguesa na 13.ª Bienal de Arquitetura de Veneza), Nuno Brandão Costa (curador da representação oficial portuguesa na 16.ª Bienal de Arquitetura de Veneza), Pedro Campos Costa (curador da representação oficial portuguesa na 14.ª Bienal de Arquitetura de Veneza), Susana Ventura (que fez parte, enquanto editora, da representação portuguesa na 14.ª Bienal de Arquitetura de Veneza) e a técnica superior da DGArtes Sofia Isidoro, como especialista suplente.
O apoio financeiro total é de 250 mil euros, mais 50 mil do que em 2017, quando foi selecionado o representante para o evento de 2018.
Este montante de apoio será atribuído mediante a seguinte distribuição: 151 mil euros em 2019 e 99 mil euros em 2020.
O presidente da bienal Paolo Baratta e o curador Hashim Sarkis anunciaram, também em julho, o tema “Como vamos viver juntos?” para a edição do próximo ano.
Como exposição internacional, a bienal vai explorar “o papel negligenciado do arquiteto enquanto promotor civilizado e protetor do contrato espacial”, lê-se no ‘site’ do evento.
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