A nova música, na qual Lennon e George Harrison trabalharam na década de 1970, e que Paul McCartney e Ringo Starr completaram no ano passado, foi trabalhada através de Inteligência Artificial, de modo a retirar a voz de John Lennon da gravação ‘demo’ original, disse McCartney à BBC.
“Lá estava a voz de John, cristalina. É muito emocionante”, disse o músico à estação britânica, destacando que a edição final reúne todos os elementos da banda.
“Now and Then” também fará parte da reedição do “Red Album” e do “Blue Album”, coletâneas dos êxitos dos The Beatles lançadas pelas primeira vez em 1973, relativas aos anos de 1962-1966 e de 1967-1970, respetivamente.
No comunicado sobre o lançamento de “Now and Then”, pode ler-se que se trata “de uma gravação genuína dos Beatles.”
Segundo McCartney, “o som [original da ‘demo’] era tão pobre” que todos desistiram de a usar durante décadas.
Para Ringo Starr, o outro sobrevivente da banda, o trabalho de edição de “Now and Then” “foi o mais perto de ter [Lennon] de regresso à sala” de gravação.
“Now and Then” foi escrita por John Lennon depois da separação dos Beatles, em 1970.
Após a morte do músico, assassinado em Nova York em dezembro de 1980, a sua viúva, Yoko Ono, deu a McCartney uma cassete que tinha inscrito “For Paul”. Esta ‘demo’, além de “Now and Then” também continha as primeiras versões de “Free As A Bird” e “Real Sees it”, que foram publicadas como ‘single’ e no álbum “Anthology”, de 1995.
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