Os finalistas desta edição do prémio, que distingue uma obra literária traduzida para o inglês e publicada no Reino Unido ou na Irlanda, são também a argentina Selva Almada, com “Not a River”, o coreano Hwang Sok-yong, com o livro “Mater 2-10”, a neerlandesa Jente Posthuma, com a obra “What I'd Rather Not Think About”, a alemã Jenny Erpenbeck, com “Kairos”, e a sueca Ia Genberg, com “The Details”.
O romance “Torto Arado”, obra de estreia de Itamar Vieira Júnior, venceu o Prémio Leya 2018, foi publicado em 2019 e conquistou o Prémio Oceanos em 2020.
A seleção foi feita por um júri presidido pela apresentadora Eleanor Wachtel e composto pelo editor e tradutor Aaron Robertson, pelo escritor Romesh Gunesekera, pelo artista plástico William Kentridge e pela poeta Natalie Diaz.
Em comunicado, a presidente do júri afirmou que “estes livros carregam o peso do passado, ao mesmo tempo que se relacionam com as realidades atuais do racismo e da opressão, da violência global e do desastre ecológico”.
“Alguns parecem intemporais com os seus relatos cuidados e vívidos das dinâmicas familiares, de amor e de rutura, de trauma e de dor”, acrescentou Wachtel.
Citado no mesmo texto, Itamar Vieira Júnior – o mais jovem da lista, aos 44 anos - explicou que escreveu “Torto Arado” por muitas razões, mas que se tivesse de escolher apenas uma seria a de levar até às páginas “o amor que os agricultores brasileiros sentem pela terra em si, pela terra do campo brasileiro”.
A cerimónia de anúncio do vencedor vai acontecer no dia 21 de maio, em Londres. O prémio de 50 mil libras é repartido, em partes iguais, pelo autor e pelo tradutor.
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