Jay-Jay Johanson, que surgiu nos anos 1990 como um artista influenciado pelo trip-hop e pelo jazz, acaba de lançar o 11.º álbum de carreira, intitulado "Bury the Hatchet", mas o motivo do regresso a Portugal é "Whiskey", que o deu a conhecer em 1996.
"Whiskey", que inclui temas como "Skeletal" e "So tell the girls that I am back in town", teve uma nova edição recente, pela primeira vez em vinil, e tem sido o motivo do regresso ao passado.
"Os primeiros álbuns têm sempre uma ressonância especial nas pessoas, foi quando a minha carreira começou e, por isso, tenho uma ligação mais sentimental com ele também. Fizemos um concerto de celebração em Paris, depois fomos percebendo que havia mais países que queriam", disse o músico à agência Lusa.
Sobre esses primeiros tempos de carreira, o músico diz que não guarda saudades, prefere como está agora, "mais velho, mais experiente, com família", mas mantém o mesmo processo de escrita das canções, apenas com uma atualização tecnológica no modo de as produzir e gravar.
"Os dois primeiros e os dois últimos [álbuns] estão mais ligados entre eles. Os que estão nesse intervalo são mais negros e depressivos", contou.
Vinte anos depois, o músico tem tido novos públicos e agradece em parte à pirataria, à Internet, que permitiu divulgar-lhe as canções. "Eu não posso ficar zangado com as pessoas, porque [o 'download' ilegal] me ajudou a fazer digressões. Claro que perdi dinheiro, mas ganhei-o em concertos".
Em Portugal, o músico sueco diz que fará um "best of" da carreira com concertos a 10 de outubro, em Faro, no dia 11, em Lisboa, no dia 12, em Leiria, a 13, na Guarda, e a 14, em Braga.
"A primeira vez que fui aí foi em 1997 e a cada novo álbum tentamos voltar. O público português é generoso", disse.
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