"Campo Pequeno" é o segundo livro de João Pedro Vala. E é para falar sobre esta obra que o É Desta Que Leio Isto recebe o autor no próximo encontro, marcado para dia 21 de março, quinta-feira, pelas 21h00.
Mas, antes da grande conversa, que se aguce a curiosidade quanto ao que aí vem. Ao SAPO24, João Pedro Vala explica como surgiu esta história que chegou às livrarias no mês de fevereiro.
"Da minha experiência, os livros vêm de imagens, nunca de ideias. Eu não escrevo para convencer os leitores disto ou daquilo, nem vejo as minhas personagens como símbolos de coisa nenhuma ou personificações de abstração coletiva nenhuma. Escrevo histórias acerca de pessoas, histórias nascidas de uma imagem qualquer que, ao longo do tempo em que espero para começar um novo livro, ganham força e me deixam inquieto, até que a certa altura me sento à secretária e começo a tentar perceber que história é esta, que pessoas são estas. Este livro nasce da imagem de um casal sentado na sala de casa, à noite, dias depois de saberem que esperam um filho", adianta.
Por isso, a sinopse da obra evidencia esta mesma imagem. A história inclui "um bebé prestes a nascer, uma freira semiatropelada, um conquistador mongol, uma mulher roxa, um beatboxer amador, um casal sadomasoquista, um caçador ocasional, um cangalheiro que tira cervejas durante os Santos Populares, uma mãe negligenciada, um ator italiano, um jogador de futebol dos campeonatos distritais, um consultor chato como tudo e um cão ajudam Heitor, Laura, Gabriel e Mafalda na procura de um sentido para as suas vidas", pode ler-se.
Pelo meio desta mistura de personagens, o autor confidencia que tem uma preferida. "Acho que a minha favorita é o Toninho Mamas, uma personagem inspirada num herói de infância dos meus avós, que jogava no clube da terra deles".
Quanto a pormenores, esses ficam para o dia do clube, para o qual se diz entusiasmado. "Por muito que tente deixar o livro em paz para conhecer novos leitores no recreio, fico sempre feliz por ouvir tudo o que os leitores encontraram nele que eu nem sabia que estava lá", refere João Pedro Vala.
"Tento sempre distanciar-me, para deixar que o livro faça o seu percurso, sem a minha sombra a pairar sobre ele. Ainda assim, alguns leitores têm tido a generosidade de partilhar o seu entusiasmo ou as suas hesitações e isso deixa-me sempre, como me parece natural, muito feliz. O final da história, pelos vistos, tem levantado algumas dúvidas em quem lê", realça ainda.
E talvez seja por estas dúvidas que o autor deixa a sua hipótese de livro onde poderia viver, em jeito de provocação. "Um daqueles de autoajuda em que os problemas da vida são todos circunstanciais e onde a determinação, o empreendedorismo e o pensamento positivo tudo resolvem", conclui.
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