Com José Cid, o festival completa, assim, o cartaz deste ano, marcado para os dias 11 a 14 de agosto, em vários palcos da aldeia de Cem Soldos, próxima de Tomar.
José Cid, 75 anos, tem feito alguns concertos centrados naquele disco, que é considerado internacionalmente um dos melhores de rock sinfónico e progressivo.
"10.000 anos depois entre Vénus e Marte", com uma temática de ficção científica, foi editado em 1978 pela Orfeu, de Arnaldo Trindade, e interpretado por Cid, ao lado de Ramon Galarza, Zé Nabo e Mike Sergeant.
Um dos temas do disco chama-se "Mellotron, o Planeta Fantástico", adotando o nome de um sintetizador cuja sonoridade está associada a vários álbuns e bandas de rock progressivo.
Além daquele álbum, José Cid deverá levar a Cem Soldos temas da mesma época, como "Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas" e "Vozes do Além", cuja gravação contém poemas de Sophia de Mello Breyner e de Natália Correia.
Nascido na Chamusca, em 1942, no seio de uma família abastada, José Cid estreou-se como teclista aos 13 anos, nos Babies. Fez parte, depois, do Quarteto 1111, sem deixar de produzir trabalho a solo.
Assume-se sobretudo como um cantor ao vivo, um dos poucos que canta as origens, "para as novas gerações perceberem que há rock e pop antes dos anos 1970", como contou numa entrevista à agência Lusa.
No Festival Bons Sons, dedicado apenas à música portuguesa, além de José Cid vão atuar mais de 40 artistas, entre os quais Rodrigo Leão, Orelha Negra, Mão Morta, Capitão Fausto, Samuel Úria, Paulo Bragança, Virgem Suta, Frankie Chavez, Né Ladeiras, Medeiros/Lucas, Glockenwise, Throes +The Shine, Señoritas, Octa Push e Sampladélicos.
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