Nos bastidores da cerimónia, com o Óscar de melhor atriz principal na mão, Zellweger disse que agora está "mais presente" que em 2004, quando foi considerada a melhor atriz secundária, em "Cold Mountain".
"O tempo que estive longe e o tempo que passou ajudou-me a apreciá-lo de uma forma diferente", disse a atriz. "Olho para isto de outra forma e o que representa é um pouco diferente".
Renée Zellweger embarcou num hiato de representação durante seis anos, período durante o qual esteve afastada dos olhares do público.
Com "Judy", a consagração da atriz nos Óscares 2020 já era esperada, depois das vitórias nos Globos de Ouro, nos prémios da academia britânica (BAFTA), do Sindicato dos Atores (prémios SAG) e em outras cerimónias da temporada.
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"Não me consigo extrair da colaboração, a única coisa que fiz sozinha foi cantar dentro do meu carro no trânsito da [autoestrada] 405 durante um ano", disse Zellweger, mostrando-se emotiva com a reação dos bastidores à sua vitória.
"Toda a gente estava motivada pela mesma coisa, apreciávamos a importância do legado de Judy [Garland] e quem ela era como pessoa, e queríamos celebrá-la", contou, comparando o trabalho no estúdio do filme com uma operação de mineração.
"Estávamos à procura de qualquer material sobre o seu legado, a sua música, os livros, entrevistas, o programa de televisão", disse. "Tudo o que parecesse essencial para invocar a sua essência e contar a história".
O filme, realizado por Rupert Goold, procurou mostrar Judy Garland a uma outra luz, e questionar os estereótipos associados à atriz que ficou eternizada como Dorothy em "O Feiticeiro de Oz".
"Foi a oportunidade de contar uma história que desafia a narrativa e diz: 'não, não se pode saber quão extraordinária é uma pessoa até conhecer as dificuldades por que passou e o que conseguiu ultrapassar'", disse Zellweger. "Para mim, é isso que isto é".
A atriz mostrou-se contente por ver que algo que teve tanta importância para si ressoou com as outras pessoas. "É sempre uma reação maravilhosa e quase inesperada para qualquer pessoa que cria arte", disse, garantindo que vencer o Óscar de Melhor Atriz não era aquilo em que estava a pensar quando começou esta experiência.
"Quando penso nos dois anos em que partilhámos a celebração dela [Judy Garland] e o contar da sua história, essa é a bênção".
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