Quando 25% das espécies de mamíferos em todo o mundo estão ameaçadas, devido à destruição e degradação de ‘habitats’, captura ilegal, invasão de espécies exóticas e alterações globais, o documento hoje apresentado vai, segundo a página oficial do “Livro” na Internet “contribuir para o conhecimento do estado de conservação dos mamíferos” e atualizar o estatuto de ameaça das espécies.
A última avaliação do risco de extinção de mamíferos foi publicada em 2005, no âmbito do Livro Vermelho dos Vertebrados em Portugal, segundo o qual havia no país 104 espécies de mamíferos, como o lobo-ibérico, a raposa ou o texugo, as baleias ou os golfinhos. Das 74 espécies então avaliadas 18 estavam ameaçadas de extinção: cinco criticamente em perigo, três em perigo e 10 vulneráveis.
No documento que é hoje apresentado foi dada especial atenção a três grupos de espécies, as que se suspeita estarem em declínio acentuado, as classificadas com o estatuto de informação insuficiente em 2005, as que não foram avaliadas e as que não estavam confirmadas como existindo no país.
O projeto juntou dados bibliográficos, trabalho no terreno e trabalho em laboratório, através de análises genéticas. Teve a coordenação científica do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Uma compilação recente sobre mamíferos em Portugal incluiu mais de cem mil registos de 92 espécies de mamíferos, terrestres e marinhos.
Em janeiro de 2021 os responsáveis pelo Livro Vermelho indicavam que a base de dados no âmbito da revisão da situação dos mamíferos reunia então mais de 100.000 registos, em todo o continente, especialmente de grupos como os ungulados (animais com cascos) e de mamíferos marinhos. As espécies com mais observações eram o coelho bravo, o golfinho-comum e o rato de Cabrera.
A apresentação do Livro tem a presença prevista do secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino e do presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Nuno Banza, e será feita pela coordenadora geral do projeto, Maria da Luz Mathias.
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