"A Câmara Municipal de Lisboa e a EGEAC entenderam alargar a edição deste ano do concurso das Marchas Populares, passando de 20 a 23 marchas" participantes, que se irão apresentar ao longo de dois dias na Altice Arena e desfilar na Avenida da Liberdade a 12 de junho.
Numa nota hoje divulgada, é referido que esta decisão vai permitir a "participação das marchas selecionadas por sorteio ao abrigo das condições do concurso em vigor e, excecionalmente, as marchas do Alto do Pina, Benfica e Santa Engrácia".
A EGEAC refere que "esta decisão surge na sequência das questões suscitadas pela aplicação do novo regulamento e dos contributos recebidos por parte de diversas coletividades, bem como da recomendação da Comissão Permanente de Cultura da Assembleia Municipal".
Na segunda-feira, esta comissão aprovou, por unanimidade, um relatório que recomenda, "a título excecional", a participação a concurso da marcha do Alto do Pina nas Festas de Lisboa deste ano.
A recomendação, dirigida à EGEAC, visa "acautelar todas as expectativas geradas pela alteração do regulamento [do concurso das Marchas Populares de Lisboa] e pelas dúvidas na sua aplicação no tempo", avançou no ocasião a deputada Ana Mateus, do grupo municipal do PSD.
Aprovado por unanimidade, o relatório da Comissão Permanente de Cultura foi produzido na sequência de uma petição promovida pelo Ginásio do Alto do Pina e subscrita por 328 peticionários, a propor a participação da marcha do Alto do Pina no concurso de Marchas Populares de Lisboa 2018.
No dia 06 de fevereiro, quando ouvida pelos eleitos municipais, a presidente do Conselho de Administração da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, admitiu a possibilidade de as 26 marchas existentes na cidade participarem nas Festas de Lisboa, alertando, porém, para as implicações que a medida poderá trazer.
Em causa está uma mudança no regulamento, que prevê que as três marchas que tenham pior classificação na edição anterior sejam submetidas a sorteio com as marchas novas que se candidatem, por forma a escolher quais participam na nova edição.
A contestação surgiu porque as regras anteriores apontavam que apenas as duas últimas classificadas teriam de passar por esse processo. Com as novas regras, uma das marchas que foi a sorteio e ficou de fora foi o Alto do Pina.
Hoje, a EGEAC salienta que, "enquanto organizadora deste concurso há mais de 20 anos, preza o diálogo regular com as coletividades, que são o motor essencial desta grande iniciativa popular de Lisboa".
"É com esse espírito que foi tomada esta decisão excecional, relembrando, porém, que se considera imprescindível que as regras do concurso sejam cumpridas, sob pena de um desvirtuar progressivo do mesmo", apontou a empresa, considerando que "no próximo ano (2019) o concurso retoma a sua configuração tradicional de 20 marchas, conforme expresso nas condições do concurso publicadas em Boletim Municipal".
A EGEAC lembra que com estas regras, "os lugares excecionais (21.º, 22.º e 23.º) sejam eliminados, bem como as marchas que fiquem classificadas nestas posições nesta edição do concurso", e quanto "às marchas classificadas nos 18.º, 19.º e 20.º aplica-se o previsto no artigo 21.º das condições do concurso, que prevê a saída automática das três últimas marchas".
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