Embora a denúncia tenha sido admitida há alguns meses, num tribunal próximo de Barcelona, os detalhes da acusação foram conhecidos apenas esta terça-feira, assim que a cantora, que hoje reside em Miami, foi notificada, de acordo com o Ministério Público.
Na denúncia, Shakira é acusada de dois crimes contra as Finanças Públicas, por apresentar "declarações falsas" do imposto sobre rendimento e património, em 2018.
A cantora, que à época vivia perto de Barcelona, terá usado uma "rede corporativa", com empresas instrumentais, algumas sediadas em paraísos fiscais, para defraudar o Estado, acrescenta o texto datado de maio.
No total, o Ministério Público acusa a estrela internacional de ter cometido fraudes no valor de 5,3 milhões de euros no imposto sobre o rendimento de 2018, e 773 mil no imposto sobre o património. Com juros e liquidações, totalizam uma dívida de 6,6 milhões.
Numa breve nota divulgada nesta terça-feira, os seus representantes afirmaram, no entanto, que "nenhuma notificação foi recebida em Miami, domicílio oficial da cantora" sobre este caso.
"A equipa jurídica de Shakira está concentrada na preparação para o julgamento pelas acusações de 2012-2014, que começará a 20 de novembro", acrescentaram, referindo-se ao processo que será julgado, a menos que haja um acordo de última hora no Tribunal de Barcelona.
Neste caso, o Ministério Público pede mais de oito anos de prisão para Shakira, além do pagamento de uma multa de quase 24 milhões de euros, sob acusação de ter lesado o Estado em 14,5 milhões nesses anos. Neste caso, a artista também teria utilizado uma "rede corporativa" para burlar o imposto sobre o rendimento de Espanha, apesar de, naquele momento, já residir no país mais do que os 183 dias por ano previstos na lei.
A artista, de 46 anos, sempre negou as acusações e alega que, devido à sua profissão, mantinha um estilo de vida em movimento contínuo naquela época.
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