A exposição intitula-se "Modernismo Brasileiro, Obras da Coleção Edson Queiroz", e revela parte deste acervo da fundação homónima, sediada em Fortaleza, no Brasil, que percorre cerca de quatrocentos anos de produção artística.
De acordo com o Museu Berardo, esta exposição, com curadoria de Regina Teixeira de Barros, apresentará uma seleção de obras produzidas quer por artistas brasileiros, quer por estrangeiros residentes no país.
Entre as pinturas e esculturas presentes na exposição, encontram-se obras que vão da primeira fase moderna no Brasil, ainda com formação europeia – como Lasar Segall, Flávio de Carvalho, Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret –, até ao aparecimento do manifesto neoconcreto carioca, na segunda metade do século XX.
O percurso expositivo inclui também artistas interessados na busca de um imaginário próprio para o país, como Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Di Cavalcanti e Candido Portinari, de quem o Museu do Chiado, em Lisboa, tem expostas atualmente duas obras com a temática da música.
A seleção também aponta para as novas vertentes abstratas e formais do pós-guerra, cujos representantes são Alfredo Volpi, José Pancetti e Maria Leontina.
Seguindo cronologicamente, a exposição apresenta obras de membros do Grupo Frente e do Grupo Ruptura, que acompanharam um novo momento da arte brasileira, marcado pelo aparecimento dos Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo, e da Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.
A exposição encerra com a produção das décadas de 1950 e 1960, com uma diversidade de expressões artísticas, com obras de Ivan Serpa, Tomie Ohtake e Iberê Camargo, como nas propostas radicais de artistas que tinham participado no movimento neoconcreto carioca.
A exposição ficará patente até ao dia 11 de fevereiro de 2017.
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