Perto de 60 visitantes andaram nus por quatro horas na Casa Museu Pedro Nel Gómez, que presta homenagem ao falecido artista cafeeiro que, no século anterior, foi reconhecido pelos seus trabalhos que representavam pessoas sem roupa.
"O objetivo da atividade é artístico e também de desenvolvimento humano relacionado à liberdade de viver nu", disse Rafael Sandoval, coordenador de comunicação da Nude Community Another Story, à AFP.
O museu exibe 120 obras do artista colombiano, que morreu a 6 de junho de 1984 em Medellín, como parte da exposição "O nu, manifesto e liberdade".
"Eu conhecia algumas das obras de Pedro Nel, mas não sabia que tinha tanto nu, foi incrível estar nua no meio de tanto nu", disse Ana Castañeda, uma mulher de 30 anos que descobriu "o maravilhoso mundo do nudismo" há um ano e meio.
Segundo Sandoval, a atividade de sábado é única no mundo, já que apenas alguns locais em Paris e Viena permitiram "experiências semelhantes", mas em que nudistas foram misturados com visitantes vestidos.
Embora a exposição esteja em cartaz há vários meses, no sábado foi aberta exclusivamente para nudistas, a maioria homens, que também receberam uma visita guiada e uma oficina de curadoria.
"A procura foi bastante alta e é provável que se repita, embora isso dependa do museu", acrescentou Sandoval, cuja comunidade agrupa mais de 800 nudistas.
Foram muitas as vezes que o pintor, muralista e escultor Pedro Nel Gómez - cujas criações foram exibidas em cidades como Roma e Bogotá - escandalizou uma sociedade profundamente conservadora como a colombiana com obras que buscavam justificar a naturalidade e o sentido estético do corpo humano nu.
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