"O Irlandês" junta Al Pacino, Robert De Niro e Joe Pesci, e é descrito como "um épico solenemente operático" sobre crime organizado, com três horas e meia de duração, que Martin Scorsese rodou com produção da Netflix, graças a um orçamento de 159 milhões de dólares.
O filme parte de um caso real, investigado pela polícia norte-americana, sobre o desaparecimento, em 1975, de Jimmy Hoffa, líder do sindicato dos camionistas norte-americanos, tendo a autoria do crime sido atribuída a Frank Sheeran, a quem chamavam de "o irlandês", com ligações à mafia.
A par da expectativa da estreia, por juntar aquele elenco e Martin Scorsese, "O Irlandês", o filme, voltou a suscitar um debate sobre formas de distribuição e exibição cinematográfica, pela entrada em campo das plataformas de 'streaming', que permitem ao espectador ver um filme ou uma série em diferentes ecrãs e as vezes que quiser, fora da sala de cinema.
O filme teve uma primeira exibição em setembro, no Festival de Cinema de Nova Iorque, tendo depois as distribuições norte-americanas tentado, em vão, um acordo com a Netflix para exibição durante 90 dias em salas 'multiplex', antes da estreia em 'streaming'.
Ainda assim, a par da estreia na plataforma, a Netflix conseguiu que o filme passe em várias salas independentes, não só nos Estados Unidos, mas também noutros territórios, como Espanha e Itália.
Segundo a revista Variety, "O Irlandês" será a maior estreia em sala entre os filmes produzidos pela Netflix, com exibição em 50 salas em Espanha, cem em Itália, cem na Coreia do Sul e 50 na Alemanha.
Em Portugal, não houve acordo com as distribuidoras para uma exibição em sala, por isso "O Irlandês" só será visto por quem subscrever o serviço da Netflix.
Em junho, em declarações à Associated Press, Martin Scorsese explicava que a Netflix foi a única produtora disposta a custear o filme, encarecido também por causa dos efeitos especiais inovadores que permitem um rejuvenescimento dos atores, por causa do arco temporal da narrativa.
Comentários