Com uma parada de estrelas que incluiu Lady Gaga, Guillermo del Toro, Halle Berry, Andrew Garfield e Kirsten Dunst, o hotel Fairmont Century Plaza foi palco de uma cerimónia que consagrou Jane Campion, realizadora de “O Poder do Cão”, um dos filmes mais cotados da temporada de prémios.
“É incrivelmente deslumbrante estar aqui esta noite entre tantas mulheres incríveis”, disse Jane Campion, ao ganhar o prémio de Melhor Realização pelo filme da Netflix, que também foi considerado o Melhor Filme do ano e levou a estatueta de Melhor Fotografia.
Campion, que apareceu na passadeira vermelha ao lado de Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, agradeceu à empresa pelo apoio dado à produção, inteiramente filmada em plena pandemia de covid-19. A realizadora venceu também na categoria de Melhor Argumento Adaptado pela sua versão da história, publicada em 1967 por Thomas Savage.
Mas a consagração do filme não se estendeu à representação, apesar das nomeações de Kirsten Dunst, Benedict Cumberbatch e Kodi Smit-McPhee. Aqui, quem venceu foi Jessica Chastain, por “Os Olhos de Tammy Faye”, e Will Smith, que levou o prémio de Melhor Ator pelo seu papel em “King Richard: Para além do jogo”.
“Quero-vos agradecer por me terem confiado a vossa história”, disse Will Smith, dirigindo-se às irmãs Venus e Serena Williams, que estavam presentes na cerimónia. “O que a vossa família conseguiu fazer inspira toda a gente nesta sala, neste país, e em todo o mundo”, continuou. “Vocês definem o sonho americano”.
Nos papéis secundários, ganharam Ariana DeBose por “West Side Story” e o ator surdo Troy Kotsur por “CODA”, sendo que Jude Hill, de “Belfast”, levou o prémio de Melhor Jovem Ator ou Atriz.
Foi também “Belfast” que conquistou a estatueta de Melhor Elenco e a de Melhor Argumento, escrito por Kenneth Branagh.
A Melhor Comédia foi “Licorice Pizza” e o Melhor Filme de Animação “The Mitchells vs. the Machines”, deixando para trás os sucessos da Disney “Encanto”, “Luca” e “Raya e o Último Dragão”.
Hans Zimmer conquistou a Melhor Banda Sonora por “Dune” e a canção de Billie Eilish e Finneas para o último 007, “No Time To Die”, levou a estatueta de Melhor Canção. “Drive My Car” foi o Melhor Filme em Língua Estrangeira.
Na televisão, “Succession” superou a concorrência e foi considerada a Melhor Série Dramática, dando também a Kieran Culkin o prémio por Melhor Ator Secundário em Série Dramática e a Sarah Snook o de Melhor Atriz Secundária em Série Dramática.
Já o Melhor Ator foi Lee Jung-jae, pela série Netflix “Squid Game”, que também ganhou a estaueta de Melhor Série em Língua Estrangeira. A Melhor Atriz foi Melanie Lynskey, pela produção Showtime “Yellowjackets”.
“Ted Lasso”, um dos grandes sucessos da Apple TV+, arrebatou quase tudo em Comédia: Melhor Série, Melhor Ator para o protagonista Jason Sudeikis, Melhor Ator Secundário para Brett Goldstein e Melhor Atriz Secundária para Hannah Waddingham. A Melhor Atriz em Comédia foi Jean Smart, na série “Hacks”, da HBO.
Já a Melhor Minissérie foi “Mare of Easttown”, da HBO, que também valeu a Kate Winslet o prémio de Melhor Atriz nessa categoria. A estatueta de Melhor Ator foi para Michael Keaton, pela minissérie da Hulu “Dopesick”.
Os Prémios da Associação de Críticos (Critics Choice Awards) são as últimas grandes distinções antes dos Óscares, que vão ser entregues em Hollywood a 27 de março.
[Ana Rita Guerra, da agência Lusa]
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