Séries
The Last of Us (HBO Max). Para muitos gamers, é tão-somente o melhor videojogo de sempre. Tanto assim é que consideram que não é um mero videojogo — é toda uma experiência que transcende o gaming. Para quem nunca ouviu falar desta saga de duas partes (há dois jogos), dizer que é uma franquia popular não faz jus ao apego emocional que desperta em muito boa gente (o Ric Fazeres que o diga). O primeiro título saiu em 2013 e foi considerado o melhor jogo desse ano, mas a realidade é que uma década depois teima em colocar uma lágrima no canto do olho a quem ainda hoje o revisita anualmente como se de um filme tratasse — as cenas cinematográficas têm uma escrita no ponto de rebuçado, o duo principal tem um arco narrativo incrível, a banda sonora minimalista de Gustavo Santaolalla encaixa como uma luva e o final, para muitos, é tido como quase perfeito. Por tudo isto, a expectativa não podia ser mais alta relativamente a uma mais do que previsível adaptação.
As primeiras reviews da série (da responsabilidade do criador/realizador do jogo Neil Druckmann e de Craig Mazin, o mastermind de "Chernobyl") já saíram e são unânimes: é a melhor adaptação de um videojogo de sempre, mas que vive bem por si só. Segundo os críticos, vai agradar tanto ao coração dos fãs mais acérrimos como aos que vão percorrer pela primeira vez esta América pós-apocalíptica atacada por um fungo que origina uns "infetados" (os zombies deste universo) que aniquilam a vida humana como a conhecemos. Sobre o elenco, Pedro Pascal é Joel, Bella Ramsey é Ellie — e ambos são amplamente elogiados pela maneira como tomaram duas personagens muito acarinhadas como suas. Estreia na próxima segunda-feira, dia 16, e promete ser uma das sensações de 2023.
- PS: Fiquem atentos às nossas redes sociais e restantes plataformas que vamos ter novidades fresquinhas sobre esta série.
Shrinking (Apple TV+). Co-criada e interpretada por Jason Segel (o Marshall de "How I Met Your Mother"), "Shrinking" nasce com ajuda de dois elementos de "Ted Lasso": o ator Brett Goldstein (Roy Kent) e o guionista Bill Lawrence, que aqui são co-criadores e argumentistas. A acompanhar Segel na representação está Harrison Ford, que continua no pequeno ecrã depois de interpretar o patriarca Dutton em "1923", prequela de "Yellowstone". Ford é um terapeuta enlutado que decide aplicar a técnica de velho rezingão honesto — só que ao contrário do que seria expectável, o "tratamento" brusco conduz a inesperados bons resultados. Com "Ted Lasso" a chegar ao fim após a próxima temporada, há quem considere que pode ser exatamente o que a Apple precisa para preencher o vazio deixado pelo treinador do "Believe" (se efetivamente acabar, uma vez que há quem acredite que o sucesso e popularidade de Lasso podem adiar o fim). Estreia a 27 de janeiro. (Trailer)
White House Plumbers (HBO Max). Uma minissérie de cinco episódios que vai contar a história de E. Howard Hunt (Woody Harrelson) e G. Gordon Liddy (Justin Theroux), conhecidos nos EUA por serem serem o carrasco do famoso caso "Watergate". A parte engraçada? Foi tudo sem querer e a queda da presidência de Nixon aconteceu por causa de quem o tentava... proteger. Do criador de "Veep" e dos produtores de "Succession", é um dos conteúdos mais aguardados do ano e promete um olhar único de uma situação contada e recontada em vários formatos. Estreia em março. (Trailer)
Love and Death (HBO Max). O criador de "The Undoing" e "Big Little Lies" (David E. Kelley) está de volta às minisséries e regressa às temáticas que o celebrizaram: casais infiéis, amor e morte. Agora, adapta para o pequeno ecrã um caso de true crime ocorrido nos anos 80, baseado na história de Candy Montgomery (Elizabeth Olsen, a Wanda Maximoff / Scarlet Witch da Marvel), uma mulher dos subúrbios que cantava no coro da igreja e que se veio a descobrir ter assassinado a vizinha com 41 facadas. O caso ganha contornos de macabro quando Candy alega em tribunal ter morto a amiga em legítima defesa porque esta descobriu que Candy estava a ter um caso extraconjugal. Estreia na primavera. (Trailer)
Masters of the Air (Apple TV+). É a continuação da história passada na II Guerra Mundial que vimos em "Band Of Brothers" e "The Pacific" (coisas com 20 anos, mas cujo o realismo e qualidade de produção fazem parecer que é algo de 2020). Steven Spielberg e Tom Hanks voltam a unir forças e a assumir cargos de produção-executiva (na verdade Hanks até deve fazer uma aparição especial para manter a tradição), sendo que esta terceira aventura se vai basear em elementos da Força Área. Estreia na primavera. (Trailer)
Menções honrosas / Regressos
- Black Mirror (Temporada 6, Netflix)
- Barry (Temporada 4, HBO Max)
- Loki (Temporada 2, Disney+)
- Yellowjackets (Temporada 2, SkyShowtime)
- The Mandalorian (Temporada 3, Disney+)
- Succession (Temporada 4, HBO Max)
Filmes
Wonka. O imaginário (e chocolate!) de Roald Dahl vai voltar ao grande ecrã. Desta feita, numa prequela que antecede aos acontecimentos de "Charlie e a Fábrica de Chocolate". Timothée Chalamet interpreta o famoso Willy Wonka (papel celebrizado no cinema primeiro por Gene Wilder e depois por Johnny Depp) e há a promessa de muitos momentos musicais nesta história que vai revelar como o jovem Wonka conheceu os Oompa-Loompas. Estreia prevista para o final do ano, em dezembro.
The Hunger Games: The Ballad of Songbirds & Snakes. É o regresso ao mundo distópico criado por Suzanne Collins. Nesta expansão da história, recuamos no tempo e vamos conhecer o passado de Coriolanus Snow (interpretado por Donald Sutherland nos filmes originais) antes de se tornar o presidente autoritário de Panem. Francis Lawrence, que realizou todos os filmes originais exceto o primeiro, está ao leme. Viola Davis, Peter Dinklage e Jason Schwartzman vão dar experiência a um elenco liderado por Tom Blyth ("The Gilded Age") e Rachel Zegler ("West Side Story"). Tem estreia prevista para novembro.
Dune: Part Two. A primeira parte da adaptação do romance de Frank Herbert que segue Paul Atreides (Timothée Chalamet) pelo desértico planeta Arrakis venceu 6 Óscares e foi um sucesso entre críticos e público, mas acabou com um enorme clifhanger. Nesta continuação — o livro foi basicamente dividido ao meio, pelo que não é bem "sequela" — o papel de Chani (Zendaya) ganha nova preponderância e vamos ver Atreides num caminho de vingança contra os conspiradores que destruíram a sua família. Estreia mais para o final do ano.
A Pequena Sereia. É um dos contos mais adorados da Disney e tem um peso diferente nas estreias de 2023 por causa desse mesmo legado. A realização é de Ron Marshall ("Chicago", "O Regresso de Mary Poppins") e neste remake live-action a princesa Ariel é interpretada pela atriz e cantora Halle Bailey ("Grown-ish"). E pese embora se espere que se mantenha fiel ao clássico animado, é expectável que existam algumas pequenas mudanças na história como aconteceu noutros remakes da Disney. Nos cinemas em maio. (Trailer)
Oppenheimer. Christopher Nolan tem aqui a sua primeira experiência biográfica — e logo com a história do homem que fez a bomba atómica. Trata-se de uma adaptação do livro "American Prometheus: The Triumph And Tragedy Of J. Robert Oppenheimer", vencedor do Prémio Pulitzer, que o próprio Nolan se encarregou de reimaginar para o cinema. Segundo consta, é "um thriller épico de IMAX que empurra o público para o paradoxo do homem enigmático que arrisca destruir o mundo para o salvar". Cillian Murphy protagoniza, mas é escudado por um elenco de luxo: Matt Damon, Robert Downey Jr., Kenneth Branagh, Florence Pugh, Gary Oldman, Rami Malek ou Casey Affleck são alguns dos nomes. Se tudo correr como planeado, estreia nos cinemas em julho. (Trailer)
Menções honrosas
- Mission: Impossible - Dead Reckoning, Part One (Cinema, julho de 2023)
- Fast X (Cinema, maio de 2023)
- Guardiões da Galáxia Vol.3 (Cinema, maio de 2023)
- John Wick: Chapter 4 (Cinema, março de 2023)
- Creed III (Cinema, março de 2023)
- Barbie (Cinema, julho de 2023)
- Spider-Man: Across the Spider-Verse (Cinema, junho de 2023)
- Indiana Jones and the Dial of Destiny (Cinema, junho de 2023)
- The Marvels (Cinema, julho 2023)
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