Quem vem das Amoreiras para o Rato ou no sentido contrário, se o caminho assim for mais proveitoso, ao correr da linha do elétrico há um número que importa fixar, 284, Não o número porta, até porque é de um portão que se trata. Mais ou menos a meio da subida, depois ou antes do arco, mediante o sentido da marcha, está uma garagem que dá pelo nome de Coletivo 284.
Por estes dias quem passar no sítio incógnito encontrará pontos, olhos e as cores do HelioBray outrora grafiter, designer de moda.
Alia o pincel e o spray em pinturas de muitos rostos de mulheres de olhares que nos fitam por entre pinceladas e manchas de cor, e pontos que por vezes são o desenho dos rostos.
À entrada é um néon rosa da assinatura do artista que nos recebe no escuro. Depois o olho retroiluminado de 2,4 x 6m que completa as boas vindas.
Daí para a frente são rostos que nos olham e que olhamos, sempre a sair das cores mesmo nos registos nomocromáticos num labirinto de luzes sobras e reflexos dos quais se deve tirar proveito.
Pointed dá nome à exposição evidenciando a técnica de pontos que desfia e perspetiva e a escala em concordância ou contraponto com as assinaturas, como que um tag que HelioBray coloca em evidência.
Todos os trabalhos foram executados em 2022 e a exposição conta com um catálogo com a curadoria de Adriana Scartaris.
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