A galerista falava numa conferência de imprensa da Feira de Madrid (IFEMA), entidade responsável pela organização da Feira de Arte Contemporânea ARCOmadrid, da qual foram apresentados os traços gerais da programação, com um total de 208 galerias de 29 países.
De Portugal estarão 15 galerias de arte – o mesmo número da representação do Brasil – e mais duas, de Madrid e de Roma, que também têm sede em Lisboa, nomeadamente, a Maisterravalbuena e a Monitor.
Questionada sobre a abertura de novas galerias em Portugal, Vera Cortês considerou que é um fenómeno positivo, porque “torna o panorama cada vez mais internacional”.
“Dos contactos que tenho com as novas galerias estrangeiras tenho observado que criam mais oportunidades para a vinda de colecionadores e outros galeristas, criando sinergias interessantes”, apontou.
Sobre a ARCOmadrid, a galerista considerou que, “pelo nível de qualidade e o número de galerias presentes, é a feira mais importante para as galerias portuguesas do ponto de vista da visibilidade que proporciona, e quanto ao fator comercial”.
“Estamos num momento bom para o mercado. Estamos na boca do mundo, e não é, desta vez, pela negativa, mas por bons motivos. Dá uma atenção extra ao mercado português e às galerias portuguesas”, acrescentou.
Na mesma linha, Carlos Urroz, diretor da ARCOmadrid, questionado pela agência Lusa sobre a maior representatividade de galerias portuguesas, este ano, comentou que “o trabalho dos artistas e galerias portuguesas está mais interessante, e a atenção cultural a Lisboa aumentou”.
Para Vera Cortês, esta maior presença portuguesa no certame espanhol “é muito gratificante”: “Estamos com muitas expectativas e será surpreendente este ano”, observou, indicando que, do ponto de vista da arquitetura da mostra, também haverá novidades.
A ARCOmadrid, que, este ano, terá o futuro como tema, em vez de um país convidado, como é habitual, decorrerá de 21 a 25 de fevereiro, nos pavilhões 07 e 09 da Feira de Madrid, entre as 12:00 e as 20:00.
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