O sul-africano Damon Galgut é finalista pela terceira vez, com “The Promise”, enquanto a norte-americana Patricia Lockwood chega à ‘shortlist’ com a sua estreia em ficção, “No One is Talking About This”.

Do Sri Lanka chega Anuk Arudpragasam, que concorre ao prémio literário que premeia obras escritas em inglês publicadas no Reino Unido com “A Passage North”, enquanto Nadifa Mohamed, com dupla cidadania do Reino Unido e Somália, apresentou “The Fortune Men”.

O norte-americano Richard Powers chega à lista de finalistas com “Bewilderment” e a sua conterrânea Maggie Shipstead com “Great Circle”.

Nenhum dos livros concorrentes está publicado em Portugal, embora Galgut, Powers e Shipstead já tenham editado trabalhos em território nacional.

O júri da edição deste ano do Booker foi presidido pela historiadora Maya Jasanoff e composto também pela escritora e editora Horatia Harrod, pela atriz Natascha McElhone, pelo escritor Chigozie Obioma e pelo antigo arcebispo da Cantuária Rowan Willians.

“Talvez de forma apropriada para os nossos tempos, estas obras partilham um interesse sobre como os indivíduos são motivados e limitados por forças maiores do que eles próprios. Alguns são agudamente introspetivos, levando-nos à mente de um homem Tâmil que segue as cicatrizes da guerra civil do Sri Lanka, e uma mulher americana que se desliga da Internet para lidar com uma crise familiar”, disse a presidente do júri, no comunicado da organização.

Jasanoff acrescentou que alguns dos livros entram em comunidades em transformação como “as docas de Cardiff nos primeiros anos da descolonização britânica ou o campo em redor de Pretória nos últimos anos do apartheid”.

A lista inicial de 13 obras, anunciada em julho, foi escolhida a partir de 158 livros publicados no Reino Unido ou na Irlanda entre outubro do ano passado e setembro deste.

O livro vencedor do prémio, no valor de 50 mil libras (58,6 mil euros), vai ser revelado numa cerimónia que irá decorrer em Londres, no dia 03 de novembro.