A cerimónia de entrega dos galardões, de 29 a 31 de março, é organizada em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Nesta edição são nove vencedores e 14 finalistas do Prémio de Desempenho, que vêm de 13 países e “representam diversas formas de realização profissional”, segundo a Fundação.

Para além de Desempenho, o âmbito dos Prémios inclui as categorias de Criação Musical; Educação; Preservação, Revitalização e Divulgação; Inclusão Social; e Contribuições Importantes e Duradouras para a Música, sendo também entregue o Prémio do Patrono ao músico iraniano Mohammad Reza Shajarian.

O galardão é entregue a Reza Shajarian “em reconhecimento da sua contribuição duradoura para o património musical da humanidade, a sua inigualável mestria musical e o seu reiterado impacto social enquanto intérprete e professor, tanto no Irão, como para lá das suas fronteiras”, segundo a mesma fonte.

O Prémio Agã Khan de Criação vai ser entregue à compositora e pianista Franghiz AliZadeh, do Azerbaijão, “autora dum prolífico repertório de música clássica para concerto que se inspira nas veneráveis tradições musicais e literárias do Azerbaijão”.

O de Educação ao Omnibus Ensemble, com sede em Tashkent, no Uzbequistão, onde trabalha “para criar uma aproximação artística entre as tradições maqomclássicas locais e as linguagens da música contemporânea”, e o de Inclusão Social vai para Badiaa Bouhrizi, também conhecida pelo seu nome artístico Neysatu, é uma cantautora e compositora da Tunísia, que “tem usado o seu talento musical para promover a justiça social e os valores do pluralismo e da democracia”.

O Prémio Aga Khan de Preservação, Revitalização e Divulgação a Farhod Halimov, cantor, multi-instrumentista e compositor de Samarkand, Uzbequistão, que tem vindo a preservar o repertório tradicional de canções clássicas de Samarcanda; e ao Museu Gurminj de Instrumentos Musicais, em Duchambé, do Tajiquistão, que tem vindo a preservar e revitalizar o património musical dos povos e culturas da Ásia Central, e, em particular, a cultura musical ismaeli da região de Pamir, no Tajiquistão, segundo a mesma fonte.

O de Contribuições Importantes e Duradouras para a Música vai ser entregue a três personalidades, entre elas, Oumou Sangaré, “célebre cantautora do Mali, conhecida pelo seu compromisso com a formação e o desenvolvimento das carreiras de jovens em profissões relacionadas com a música”.

Outra personalidade distinguida com este galardão é Ballake Sissoko, músico de kora e compositor também do Mali, que “desenvolveu a arte da kora de formas criativas e inovadoras, mas ao mesmo tempo firmemente enraizadas na tradição”, e ainda Dariush Talai, músico de tar e setar, musicólogo, compositor e educador iraniano, “que está a ser reconhecido pela sua excecional dedicação à transmissão da tradição de execução clássica do tar através das suas várias atividades enquanto artista, educador e estudioso”.

“Os vencedores irão dividir entre si um prémio total de 500 mil dólares e colaborar com os Prémios para a Música com o objetivo de expandir o impacto da sua obra e desenvolver as suas carreiras”, segundo a Fundação Aga Khan.

Quanto aos finalistas do Prémio na categoria de Desempenho, “vão atuar para uma plateia ao vivo, na qual se incluirá o Grande Júri, que irá anunciar o vencedor desta categoria após a atuação de todos os finalistas, numa cerimónia de entrega de prémios a ter lugar na noite de 31 de março”, anunciou a Fundação.

Os 14 finalistas são quatro iranianos, Arash Mohafez, santur, Reza Parvizade, kamancheh, Nasim Siabishahrivar, voz e Shahou Andalibi, ney persa; três palestinianos, Ahmad Al Khatib, oud, Nai Barghouti, voz e flauta, e Huda Asfour, oude qanun; dois indianos, Sougata Roy Chowdhury, sarod, e Asin Khan Langa, voz e sarangi; um turco, Burak Kaynarca, oud; um paquistanês, Ejaz Sher Ali Khan, voz e harmónio; um libanês, Abeer Nehme, voz; um sírio , Mohamad Osman, oud e buzuq, e o egípcio, Mustafa Said, oud.