A 1 de janeiro, entrou em vigor uma medida que aplica um desconto de 50% nos espetáculos dos teatros nacionais, mas uma simulação de compra de bilhetes feita pela agência Lusa constatava que o desconto ainda não estava operacional em todos os teatros nacionais.

Numa questão enviada ao Ministério da Cultura, o grupo parlamentar do PS questiona como é que foi pensada, planeada e executada a aplicação do desconto de 50% para jovens até aos 25 anos nos teatros nacionais (Teatro Nacional D. Maria II, do Teatro Nacional São João, do Teatro Nacional de São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado/Teatro Camões).

"Três Pancadas": a nova Newsletter com tudo sobre teatro inclusive bilhetes para espetáculos

A Newsletter "Três Pancadas" irá trazer todas as novidades do mundo do teatro, nomeadamente reportagens, crónicas e entrevistas, bem como a agenda dos próximos acontecimentos no mundo do espetáculo. Todos os meses abrirá a cortina para os palcos e as três pancadas de Molière dão início às leituras para que não se perca pitada das artes de palco.

Para subscrever basta colocar o e-mail neste formulário abaixo ou neste link.

No mesmo documento consultado pela agência Lusa, o PS questiona também a aplicação da medida de gratuitidade a 52 dias por ano a museus, monumentos e palácios.

Apesar de considerar que as duas medidas são relevantes, considera que "não foram bem desenhadas ou planeadas e estão, como é público e notório, a ser mal executadas”, afirmou o PS.

“Cumpre ao Governo garantir que as medidas serão sustentáveis e que estarão a ser aplicadas em condições que garantam o equilíbrio, a igualdade de acesso e que estejam verdadeiramente no terreno”, disse.

Nesse sentido, o grupo parlamentar socialista pede rigor ao Ministério da Cultura “na forma como faz os anúncios” e que garanta “que as medidas têm a devida sustentação orçamental e que são garantidas as respetivas condições para que uma medida positiva como a gratuitidade ou descontos não se transforme numa medida com impacto negativo na programação e recursos humanos” da Museus e Monumentos de Portugal (MMP) e dos teatros nacionais.

O PS pergunta ao Governo qual o balanço e sustentabilidade da medida “Acesso 52” aos museus, palácios e monumentos, questionando também se a tutela irá aumentar a indemnização compensatória à MMP, face à perspetiva de perda em bilhética com a medida de gratuitidade.

Os deputados socialistas questionam ainda se haverá um aumento da indemnização aos teatros nacionais, para garantir que o desconto não se traduz numa perda de receitas e de sustentabilidade das estruturas.