Pela Internet, opiniões dividem-se, olha-se para o que aconteceu nas outras cerimónias de prémios e faz-se um último repto por aquele filme ou ator que merecem mesmo levar algum tipo de reconhecimento para “casa”. Este artigo, não vai ter nada disso, mas sim olhar para a cerimónia mais importante do cinema e ver quanto custa, juntamente com algumas curiosidades.

De acordo com a Wallethub, o orçamento da cerimónia dos Óscares deverá rondar os 50 milhões de euros, este ano. Dentro dos custos do evento estão coisas como o espaço, a passadeira vermelha e a segurança, o catering durante o evento, a crew de produção da cerimónia, as estatuetas, entre muitas outras coisas. Vamos olhar melhor para cada uma delas, começando pela mais óbvia, o “óscar”.

Cada uma das estatuetas custa cerca de 400 euros, pesa 4 quilos e é banhada em 24 quilates de ouro, mas esse nem é o facto mais interessante. Desde 1950, existe uma regra que impede qualquer vencedor de vender o seu Oscar sem antes oferecê-lo à Academia em troca de 1 dólar. Por isso, todos os Óscares disponíveis ao grande público são anteriores a esta data e são por norma colocados em leilões por muitos milhares de dólares: um dos casos mais conhecidos é um dos Óscares de Orson Welles, que em 2011 foi vendido por 860 mil dólares.

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Outra das despesas obrigatórias é o espaço para acolher as principais figuras de Hollywood. Em 2025, será novamente o Dolby Theatre, em Los Angeles, que tem capacidade para receber mais de três mil pessoas. A Academia assinou um acordo para organizar a cerimónia aqui até 2033 e apesar de não terem sido revelados valores, estima-se que o custo será de um milhão de dólares por noite.

E, depois, há as pessoas, claro. Este ano, o apresentador será Conan O’Brien, que vai conduzir a cerimónia pela primeira vez. Mais uma vez, o valor pago pelos Oscars aos hosts não costuma ser pública, mas recentemente Jimmy Kimmel revelou ter recebido 15 mil dólares na última vez que ficou ao leme do evento. O cachet de O’Brien não deverá andar longe. Durante as três horas da cerimónia, o comediante terá a responsabilidade de manter as pessoas do público e lá em casa entretidas.

Contudo, além do host, estima-se que estejam entre três e quatro mil  pessoas envolvidas na organização da cerimónia todos os anos se contarmos com catering, seguranças, backstage, afterparty, jornalistas, entre muitos mais. Dentro deste grupo, incluem-se também consultores da PwC, que ganharam fama quando em 2017, “La La Land” foi incorretamente identificado como o vencedor do prémio de Melhor Filme (que acabou por ir para “Moonlight”). São eles que fazem a auditoria a todo o processo de anúncio dos vencedores. Quatro coisas que provavelmente não sabiam sobre o papel da empresa:

  • Apenas dois consultores da PwC sabem os vencedores antes de eles serem anunciados.
  • As duas pessoas transportam pastas idênticas com os vencedores e fazem caminhos diferentes para o local da cerimónia por motivos de segurança.
  • Os consultores memorizam todos os vencedores caso haja alguma emergência.
  • Os consultores ficam na parte de trás do palco a entregar os envelopes aos apresentadores para garantir que não há nenhum engano.

Nos últimos dois anos, os Óscares tem tido uma ligeira recuperação em termos de audiência e esta edição tem sido recheada de polémica, com “Emilia Perez” à cabeça. Depois de se ter tornado num dos filmes com mais nomeações de sempre, surgiram alguns casos com a sua produção e com ações da protagonista Karla Sofia Gáscon.

Em Portugal, a cerimónia será transmitida na RTP e na Disney Plus e os verdadeiros fãs de cinema terão de ficar acordados até perto das 03h00 da manhã.

As nossas apostas

Melhor Filme: Conclave

Melhor Ator: Timothée Chalamet (“A Complete Unknown”)

Melhor Atriz: Fernanda Torres (“Ainda Estou Aqui”)

Melhor Ator Secundário: Kieran Culkin (“A Real Pain”)

Melhor Atriz Secundária: Monica Barbaro (“A Complete Unknown”)

Nota: os autores desta newsletter ainda não viram o “The Brutalist”

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