Atualmente, um filme era considerado elegível para os Globos de Ouro, na área de cinema, quando “estivesse disponível para visionamento em cinemas ou em cabo ‘pay-per-view’ [‘pagar-para-ver’] ou digital ‘pay-per-view’ (não em cabo ou digital por subscrição), na área da grande Los Angeles, por um período mínimo de sete dias até à meia-noite de 31 de dezembro”.
Segundo a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, num comunicado hoje divulgado no ‘site’ oficial dos prémios, estes requisitos foram “provisoriamente modificados”.
“Tendo em conta o encerramento de todos os cinemas na zona de Los Angeles, os filmes que tinham lançamento planeado em Los Angeles entre 15 de março e 30 de abril deste ano (período sujeito a possível revisão e extensão), podem ser estreados primeiro em televisão (por exemplo em serviços de ‘streaming’ por subscrição, canais de cabo por subscrição, canais abertos, etc.) e ainda assim serem elegíveis para os Globos de Ouro”, lê-se no comunicado.
Além disso, e também devido ao encerramento de todos os cinemas de salas de visionamento em Los Angeles, “o requisito de que um filme deve ser mostrado aos membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood num cinema ou uma sala de visionamento está temporariamente suspenso”.
Em vez disso, os distribuidores “devem contactar a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood para combinarem uma data de visionamento no calendário oficial da associação, que vai ao encontro dos requisitos de ‘timings’ das regras de elegibilidade dos Globos de Ouro (por exemplo: nunca mais tarde do que uma semana depois da estreia de filmes de língua inglesa em Los Angeles)”.
“Nessa data, os distribuidores devem facultar a todos os membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood um ‘link’ de visionamento ou uma cópia em DVD do filme, para que estes possam vê-lo em suas casas”, refere a associação.
Este procedimento “alternativo” do visionamento de filmes “tem efeitos desde 15 de março e até 30 de abril deste ano, estando este período sujeito a revisão e extensão”.
A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood “continuará a avaliar o impacto da epidemia da Covid-19 na distribuição e exibição de filmes e programas de televisão e pode estender estas suspensões das regras dos Globos de Ouro e/ou decidir outras alterações temporárias dessas regras”, caso o considere apropriado no futuro.
A 78.ª edição dos Globos de Ouro deverá acontecer no início do próximo ano.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados até hoje.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.285 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.287 mortes. Nas últimas 24 horas, reportou seis mortes e 67 novos casos, todos com origem no exterior, quando o país começa a regressar à normalidade, após dois meses de paralisia.
Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes (29.406) casos, a França, com 1.331 mortes (25.233 casos), e os Estados Unidos, com 1.031 mortes (68.572 casos na quarta-feira).
O continente africano registou até hoje 73 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 2.700 casos, em 46 países.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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