Já no próximo mês, chega às livrarias “Confabulações”, um livro de ensaios sobre a linguagem e a forma como se relaciona com o pensamento, a arte, a música, a narrativa e o discurso político de hoje, um dos últimos trabalhos de John Berger, inédito em Portugal.
Publicada originalmente em 2016, um ano antes da sua morte, esta obra contém os próprios desenhos, notas, memórias e reflexões de John Berger sobre vários assuntos, desde Albert Camus ao capitalismo global.
Conhecido como um “artista completo”, que revolucionou a maneira de entender a linguagem visual, John Berger foi um escritor, poeta, romancista, crítico de arte, ensaísta, dramaturgo e guionista, que começou por ser pintor.
Deixou uma vasta obra publicada, de várias dezenas de romances, ensaios, artigos na imprensa, poesias, guiões de cinema, peças de teatro e algumas pinturas, escassamente publicadas em Portugal.
Esta publicação pela Relógio d’Água sucede-se ao romance “Para o casamento” (“To the wedding”, 1995), publicado pela mesma editora em março deste ano, que também nunca tinha estado disponível em Portugal.
Entre as novidades do próximo mês, estão também o livro “Mrs. Osmond”, de John Banville, vencedor do Prémio Man Booker 2005, com “O mar”, reeditado recentemente pela Sextante.
“Mrs. Osmond”, que vai ser publicado pela primeira vez em Portugal, continua a história de “Retrato de Uma Senhora”, de Henry James.
Um livro de crónicas de Maria Filomena Monica, intitulado “Nunca dancei num coreto”, dois livros do escritor Javier Marías, a continuação da publicação da obra de Agustina Bessa-Luis e um policial baseado em factos reais, de Michelle McNamara, intitulado “Desaparecer na escuridão”, que vai ser adaptado a série de televisão pela HBO, são outras das novidades de julho.
Em setembro chega o novo romance de Hélia Correia, "Um bailarino na Batalha”, que a editora tem vindo a anunciar desde 2016, o livro “No Verão”, que encerra o quarteto de ensaios, com títulos das estações do ano, do norueguês Karl Ove Knausgard, e o romance “Viver”, da autoria de Yu Hua, um dos principais nomes da literatura contemporânea chinesa, que trocou a carreira de dentista pela de escritor, e de quem a Relógio d’Água já publicou “Crónica de um vendedor de sangue” e “China em dez palavras”.
Outubro é o mês de publicação de “A Chama”, uma coletânea com os últimos poemas de Leonard Cohen, aos quais o cantor deu os derradeiros retoques alguns dias antes de morrer, em novembro de 2016.
O livro incluirá poemas não publicados de Leonard Cohen, bem como textos em prosa, ilustrações e textos dos seus últimos três álbuns.
Do mesmo autor, a Relógio d’Água vai reeditar “Belos vencidos” e publicar “O jogo favorito”, anteriormente já lançado pela Alfaguara.
Ainda no mês de outubro, chegam pela primeira vez às livrarias portuguesas os livros “Gehen, Ging, Gegangen” (no título original), da escritora alemã inédita em Portugal Jenny Erpenbeck, nomeada para o Prémio Man Booker Internacional deste ano, e “The Unseen” (também no título original), de Roy Jacobsen, escritor norueguês finalista do mesmo prémio no ano passado, também sem nada publicado em Portugal.
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