De acordo com dados fornecidos pela Divisão de Intervenção nos Consumos Aditivos e Dependências (DICAD) da ARSLVT, foram abordadas 3.251 pessoas no último sábado e domingo, e foram realizados 316 testes de álcool, a par de 57 testes de monóxido de carbono.
Estes testes são feitos num espaço que está no recinto do parque da Bela Vista, de responsabilidade da DICAD, e que funciona entre as 12:00 e as 00:00, com o apoio de 50 profissionais, entre assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e médicos.
Nos dias em que Muse e Bruno Mars foram cabeças de cartaz do Rock in Rio, foram também distribuídos 138 preservativos femininos, 513 masculinos e 414 pacotes de gel lubrificante.
O espaço da ARSLVT dá igualmente chupas a quem lá se dirigir, que têm o objetivo de ajudar a repor os níveis de açúcar no sangue aos consumidores de substâncias psicoativas.
A ARSLVT é também responsável por uma das novidades da edição deste ano do Rock in Rio - a distribuição de pulseiras identificadoras aos jovens com mais de 18 anos, mas que não aparentem a idade. O objetivo é estarem identificados para poderem consumir álcool dentro de recinto.
No primeiro fim de semana do festival foram distribuídas 6.398 destas pulseiras, 4.290 a mulheres e 2.108 a homens. Esta distribuição fica a cargo de 78 estudantes universitários, que circulam pelo recinto e abordam os jovens.
No âmbito da operação virada para o consumo de álcool, a ARSLVT tem também profissionais que entram em contacto com os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas, para os sensibilizar para não venderem a menores.
No sábado e domingo, estes profissionais contactaram com 305 colaboradores, num total de 128 bares.
Hoje, o parque da Bela Vista foi visitado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, que aproveitou para realizar o teste do álcool. Dando o exemplo, o resultado foi '0.00'.
Para o responsável estes números mostram "uma participação muito ativa" por parte dos festivaleiros no 'stand' do Ministério da Saúde.
"Acima de tudo acho que houve oportunidade de falar com as pessoas, de contactar, de alertar para os riscos e, num ambiente destes, que é um ambiente de festa, promover a saúde", disse Fernando Araújo, em declarações à agência Lusa, apontando que "isso é fundamental".
O secretário de Estado salientou que a intervenção junto dos bares tem um efeito importante no recinto, mas também fora dele, uma vez que "quando voltam aos locais de origem, continuam com esses pressupostos".
Oportunidades como esta são também importantes para "atuar com impacto real nas pessoas", e constituem "uma dinâmica diferente num festival como este".
"O esforço na prevenção é um esforço que tem sempre um enorme retorno financeiro no futuro", advogou o governante, considerando ser "um investimento nas pessoas, e isso faz toda a diferença".
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