A família real britânica tem muitas tradições natalícias, mas talvez a mais conhecida de todas é a reunião anual em Sandringham, a propriedade real em Norfolk, onde durante a manhã do dia de Natal caminham juntos até a Igreja de Santa Maria Madalena, e cumprimentam o público pelo caminho quer à entrada, quer à saída.
Como de costume, as princesas Beatrice e Eugenie - as filhas do príncipe Andrew e da sua ex-mulher, Sarah Ferguson, duquesa de York - estavam entre os membros da realeza presentes. Porém, este ano, também ambos os pais as acompanharam.
No caso de Sarah Ferguson, este ato é particularmente relevante, tendo em conta que a duquesa de York, título que manteve mesmo depois de se separar de Andrew em 1992, já não aparecia em público com a família nesta caminhada do dia de Natal desde 1991.
Segundo a televisão britânica Sky News, apesar de Sarah não ir à igreja com a família há muitos anos, a antiga companheira do príncipe tem sido convidada para o almoço de Natal dos Windsor recentemente.
Ferguson apareceu várias vezes publicamente no Reino Unido nos últimos meses para dar o seu testemunho e falar abertamente sobre o tratamento contra o cancro da mama pelo qual passou e para incentivar as mulheres a fazerem exames, influência que foi bastante elogiada nos mais diversos setores.
Junto à Igreja de Santa Maria Madalena estavam cerca de 2.000 pessoas, e o Rei e a Rainha lideraram a tradicional procissão. Depois do serviço religioso, Andrew e Sarah juntaram-se aos monarcas, bem como ao Príncipe e à Princesa de Gales, para falar com o público que esperava à porta.
Andrew foi visto a rir e a brincar com simpatizantes da monarquia e a duquesa teve direito a algumas flores dadas pelos populares presentes.
Recorde-se que Andrew foi acusado de abuso sexual de menores por Virginia Giuffre, que alega que quando era menor, foi traficada sexualmente pelo norte-americano Jeffrey Epstein para satisfazer o filho de Isabel II. O príncipe negou sempre estas acusações, mas acabou por renunciar às suas funções públicas em maio de 2020.
Como consequência, as suas afiliações militares honorárias foram devolvidas à rainha e cessou o seu papel nas instituições em que era patrono em janeiro de 2022.
No mesmo mês, Andrew foi acusado de agressão sexual em Nova Iorque e, em março de 2022, fez um acordo extrajudicial em que pagou uma indemnização de 14,3 milhões de euros em troca da retirada das acusações, sem admissão de culpa.
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