O ator de 64 anos disse no Festival de Cinema de Marraquexe que raramente fica entusiasmado com os Prémios da Academia com exceção de quando se tratam de filmes nomeados que valoriza.
“Os produtores da Academia têm exibido uma cobardia extraordinária quando se trata de fazer parte do mundo da expressão e, de facto, têm contribuído largamente para limitar a imaginação e as diferentes expressões culturais”, afirmou o ator no festival onde recebeu um prémio de carreira.
“Não fico muito entusiasmado com aquilo a que chamamos os Óscares”, afirmou, referindo algumas exceções de filmes como “The Florida Project” de Sean Baker, “I'm Still Here” de Walter Sales e “Emilia Perez” de Jacques Audiard.
Segundo a Associated Press (AP), as observações de Penn coincidem com as críticas de longa data dirigidas à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por falta de diversidade nos seus membros e nos filmes premiados.
O ator também elogiou o realizador Ali Abassi e o seu último filme “The Apprentice”, sobre o presidente eleito Donald Trump. O filme encontrou dificuldades em encontrar um distribuidor americano na véspera das últimas eleições presidenciais, acrescentou a AP.
O Festival de Cinema de Marraquexe está a exibir quatro filmes de Sean Penn como parte de uma homenagem à sua carreira e, numa exibição do filme “Milk”, vários membros da audiência saíram da sessão durante uma cena que mostrava dois homens na cama.
Em Marrocos, a homossexualidade é ilegal segundo o código penal do país, embora os casos não sejam frequentemente objeto de processos judiciais.
Penn, cujo documentário “Superpower”, de 2023, documenta a guerra na Ucrânia, também endereçou o seu apoio ao Presidente Volodymyr Zelensky e ainda considerou-se “um patriota em crise”, em resposta a uma pergunta sobre o panorama político americano.
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