“Entende-se que uma celebração e despedida à altura dos 65 anos de carreira desta artista só fará sentido com uma atitude em que se perspetiva o futuro sublimando-se o passado”, pode ler-se no texto hoje divulgado.
Com autoria de Fátima Bernardo e Nuno Feist, estando a primeira à frente da direção do projeto e o segundo a cargo da direção musical, “Sim, sou eu… Simone” o concerto tem encenação de Henrique Feist.
“Simone vai deixar-se levar por arranjos musicais surpreendentes, onde a ligação profunda que os une será uma das formas mais bonitas de agradecer a todos os músicos e maestros que a acompanharam ao longo de todos estes anos”, acrescentou o comunicado.
Em 2020, depois de uma ausência dos palcos devido ao confinamento para prevenir a expansão da pandemia de covid-19, Simone de Oliveira atuou em Lisboa e, na altura, afirmou à Lusa: “Nunca tal me aconteceu. Eu já perdi a voz, lá recuperei a voz, já passei as passas do Algarve com alguns problemas de saúde, mas nesta altura este confinamento é muito complicado”.
Em 1969, Simone de Oliveira ganhou pela segunda vez o Festival RTP da Canção com “Desfolhada Portuguesa”, com a qual representa Portugal no Festival da Eurovisão, em Madrid. No final desse ano perdeu a voz. Simone de Oliveira fez então jornalismo, rádio, locução de continuidade e apresentou um concurso Miss Portugal e espetáculos no Casino Peninsular da Figueira da Foz.
A intérprete de “Sol de inverno”, entretanto, recuperou a voz, gravou um disco com temas de autoria de José Cid, e em 1973 voltou a concorrer ao Festival RTP com “Apenas o meu povo”, conquistando o Prémio de Interpretação.
Numa entrevista à Lusa, por ocasião dos seus 50 anos de carreira, a cantora reconheceu que “há uma Simone antes da perda de voz e outra Simone depois”.
“Aprendi muito, até a tirar melhor partido de mim mesma e das canções”, afirmou a artista nascida em Lisboa em fevereiro de 1938.
Os bilhetes para o concerto de março em Lisboa já estão à venda, por valores entre os 15 e os 40 euros.
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