O palmarés do certame foi anunciado numa cerimónia no Teatro Nacional D. Maria II, tendo o júri da seleção oficial em competição, presidido por David Cronenberg, integrado ainda Ildikó Enyedi, Mónica Calle, Hanan Al-Shaykh, Momo Kodama e Ersi Sotiropoulos.
O filme “Tesnota”, que participou no Festival de Cinema de Cannes deste ano na secção Un Certain Regard, decorre em 1998 no norte do Cáucaso russo.
Nesta sua primeira longa-metragem, Kantemir Balagov filmou uma narrativa baseada na história real de um jovem e da namorada, que foram raptados, e cuja liberdade depende do pagamento de um resgate.
O filme, que reflete sobre os laços de família, as diferenças culturais e as relações interpessoais, será exibido no domingo, às 21:15, na Sala 1 do Cinema Medeias Monumental, em Lisboa.
O Prémio Especial do Júri João Benard da Costa foi atribuído a “Cocote”, do realizador dominicano Nelson Carlo de Los Santos Arias, que será exibido no mesmo dia, sala e cinema, às 18:30.
Este filme, que já passou por vários festivais, nomeadamente em Toronto, aborda a violência, corrupção e conflitos sociais na República Dominicana, através da história do regresso de um jardineiro que regressa à pátria para vingar o assassinato do pai.
O Prémio Revelação TAP foi atribuído à atriz Olga Dragunova, do filme “Testona”, e o Prémio do Público NOS coube a “Chama-me pelo teu nome”, de Luca Guadagnino, que será exibido no domingo, às 19:30, nos Cinemas NOS Amoreiras, em Lisboa.
Este filme narra a intensa atração entre um jovem de 17 anos, que passa os dias de verão na casa de campo dos seus pais, uma mansão do século XVII, a ouvir música, a ler e a nadar, e o novo assistente do pai, também jovem e belo.
O vencedor do Encontro Internacional de Escolas de Cinema foi “A man, my son”, de Florent Gouëlou, aluno da escola La Femis, em Paris, França, e que será exibido no domingo, 21:15, na Sala 1 do Cinema Medeias Monumental.
Iniciada a 17 de novembro, a edição deste ano do LEFFEST apresentou várias antestreias nacionais e dezenas de filmes dedicados, por exemplo, a Isabelle Huppert, Abel Ferrara ou Alain Tanner.
O festival repartiu-se entre Lisboa e Sintra, também com teatro, artes plásticas e música.
A atriz francesa Isabelle Huppert, que esteve em Portugal, foi a grande homenageada deste ano, com a exibição de mais de uma dezena de filmes que protagonizou e com uma exposição de fotografia que lhe é dedicada, em Sintra.
O realizador Abel Ferrara esteve no festival por causa de uma retrospetiva que irá ser exibida e que inclui o mais recente filme, o documentário “Piazza Vittorio”.
Os realizadores portugueses João Mário Grilo e José Vieira – cineasta que tem filmado a emigração portuguesa em França -, o francês Alain Tanner, e o artista plástico Julian Schnabel também tiveram a obra revista no festival.
Decorreram várias antestreias, como “I love you Daddy”, de Louis C.K. – embora a exibição internacional tenha sido cancelada por causa de um escândalo sexual do humorista -, “Wonder Wheel”, de Woody Allen, e “On body and soul”, de Ildikó Enyedi.
Na competição, também estiveram os filmes “Les gardiennes”, de Xavier Beauvois, “Frost”, de Sharunas Bartas, “Western”, de Valeska Grisebach, “Verão danado”, de Pedro Cabeleira, e “Lucky”, de John Carroll Lynch.
Robert Pattinson, Willem Dafoe, Sara Driver, Mathieu Amalric e o escritor Don Delillo são outros dos nomes que estiveram presentes no festival.
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