Colson Whitehead venceu a edição do prémio Pulitzer de 2020, na categoria de ficção, com o seu mais recente livro “The Nickel Boys”, depois de já ter sido distinguido com o mesmo prémio em 2017, pelo romance “The underground railroad”, editado em Portugal, também pela Alfaguara, com o título “A Estrada Subterrânea”.
Com esta distinção, o autor norte-americano torna-se o quarto escritor na história do prémio — instituído há mais e cem anos – a vencer dois Pulitzer em ficção, juntando-se assim a Booth Tarkington, William Faulkner e John Updike.
Segundo o júri, citado pela agência Associated Press, o livro fala sobre “uma exploração avassaladora e devastadora dos abusos”, numa “poderosa história sobre a perseverança, dignidade e redenção”.
Centrado em Elwood Curtis e nos seus companheiros da Academia Nickel, em Tallahassee, no início da década de 1960, quando o movimento anti-segregação dava os primeiros passos nos Sul dos Estados Unidos, “The Nickel Boys” fala de uma prisão juvenil, dos “horrores e abusos” aí praticados, e da corrupção de dirigentes e autoridades.
A Alfaguara, chancela do grupo Penguin Random House que está a editar em Portugal a obra de Colson Whitehead, disse que “The Nickel Boys” será publicado em português, em outubro.
O Pulitzer é um prémio norte-americano que distingue os melhores projetos na área da composição musical, do jornalismo e da literatura.
No ano passado, o Pulitzer de ficção foi para “Overstory”, de Richard Powers, um romance sobre um grupo de americanos cujas experiências únicas de vida com árvores os reúnem para enfrentar a destruição das florestas.
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