Além dos três autores portugueses, a restante lista dos finalistas é composta por sete escritores brasileiros, que apresentaram ao júri romances, contos e poesias.
Os finalistas foram hoje anunciados pelo diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, e pela gestora cultural e curadora do Prémio Oceanos, Selma Caetano, numa sessão virtual, motivada pela pandemia da covid-19, que contou ainda com a participação de membros do júri e os autores finalistas.
Do lado português, foram selecionados os romances "Autobiografia", de José Luís Peixoto e "A visão das plantas", de Djaimilia Pereira de Almeida (nascida em Angola), assim como as crónicas "Obnóxio", de Abel Barros Baptista.
Do Brasil, chegaram ao finalistas os romances "A cidade inexistente", de José Rezende Jr, "A ocupação", de Julián Fuks, "Carta à rainha louca", de Maria Valéria Rezende e "Torto arado", de Itamar Vieira Junior, assim como as obras de poesia "As durações da casa", de Julia de Souza, "As solas dos pés de meu avô", de Tiago D. Oliveira, e os contos "Sombrio ermo turvo", de Veronica Stigger.
Entre os distinguidos, três livros foram editados em dois países, no Brasil e em Portugal: "A ocupação", do brasileiro Julián Fuks, "Autobiografia", do português José Luís Peixoto, e "Torto arado", do brasileiro Itamar Vieira Junior.
Embora as obras selecionadas compreendam seis romances, dois livros de poemas, um de contos e um de crónicas, o júri salientou que algumas delas ultrapassam fronteiras entre géneros literários, como é o caso de "Obnóxio", do português Abel Barros Baptista, e "Sombrio ermo turvo", de Veronica Stigger.
Na sessão de anúncio dos finalistas participaram ainda os curadores do Oceanos: Adelaide Monteiro, de Cabo Verde; Isabel Lucas, de Portugal; Manuel da Costa Pinto e Selma Caetano, do Brasil.
Integraram o júri desta etapa os críticos literários, professores e escritores portugueses Clara Rowland, Gustavo Rubim, e Isabel Pires de Lima, o moçambicano Nataniel Ngomane e os brasileiros Ana Paula Maia, Edimilson de Almeida Pereira José Castello.
Entre agosto e novembro, o jurados analisaram os 54 livros semifinalistas do prémio para eleger estes 10 finalistas que, posteriormente, serão submetidos a um novo júri, que até meados de dezembro irão analisar e definir os três vencedores, que serão divulgados no dia 18 do próximo mês.
O valor total do Prémio Oceanos soma 250 mil reais (cerca de 39,1 mil euros ao câmbio atual). O autor do livro vencedor receberá 120 mil reais, o segundo 80 mil reais e o terceiro 50 mil reais
O Prémio Oceanos conta com os patrocínios do Banco Itaú e da República de Portugal, o apoio do Itaú Cultural, responsável também pela governança do prémio, e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, além do apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
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