“O Espelho e a Luz” (“The mirror & the light”, no original) esteve para sair em abril, mas os condicionalismos criados pela pandemia de covid-19 obrigaram a adiar o seu lançamento para o início de setembro, explicou a Presença, responsável pela edição do livro em Portugal.
Este é o volume que encerra a saga de Thomas Cromwell e que coloca a autora mais uma vez entre os finalistas do Prémio Booker, galardão já arrecadado com os dois primeiros livros da trilogia, e que alguns críticos apostam que será ganho novamente.
Além disso, Hilary Mantel está também nomeada para o Women’s Prize for Fiction, cuja vencedora será anunciada a 09 de setembro.
“O Espelho e a Luz” surge oito anos depois da publicação do segundo volume (“Bring up the bodies”, no original) e 11 anos depois de “Wolf Hall”, o volume inaugural da trilogia.
“O Espelho e a Luz” começa com a execução de Ana Bolena, em Inglaterra, em maio de 1536, e continua a história de Cromwell até à sua própria execução, quatro anos depois.
“Ana Bolena está morta, decapitada no espaço de um batimento cardíaco por um executor francês contratado. Enquanto os seus restos mortais são recolhidos e votados ao esquecimento, Thomas Cromwell toma o pequeno-almoço com os vitoriosos”, descreve a editora.
Filho de um ferreiro, Thomas Cromwell, ministro de Henrique VIII, emerge do banho de sangue daquela primavera para prosseguir a sua ascensão ao poder e à riqueza, enquanto Henrique VIII se prepara para viver um momento de felicidade com a sua terceira rainha, Jane Seymour.
Apesar da rebelião em solo nacional, dos traidores que conspiram no estrangeiro e da ameaça de invasão que coloca o regime de Henrique VIII à prova até ao ponto de rutura, a imaginação de Cromwell vislumbra um país novo no espelho do futuro.
“Com ‘O Espelho e a Luz’, Hilary Mantel encerra de modo triunfante a trilogia que iniciou com ‘Wolf Hall’ e ‘O Livro Negro’. Traça os derradeiros anos de Thomas Cromwell, o rapaz vindo do nada que ascende aos píncaros do poder, delineando um retrato preciso de predador e presa, de uma disputa feroz entre presente e passado, entre a vontade régia e a visão de um homem comum de uma nação moderna que se constrói a partir do conflito, da paixão e da coragem”, escreve a editora.
O final da trilogia sobre a ascensão e queda de Thomas Cromwell conta-se em 880 páginas, num volume que será editado na coleção Grandes Narrativas, com tradução de Maria Beatriz Freitas Cardoso de Sequeira.
Os dois primeiros volumes tinham sido publicados pela antiga Editora Civilização. Vão ser agora reeditados pela Presença, permitindo fazer chegar no mesmo dia às livrarias a trilogia completa.
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