O presidente da câmara da capital, Carlos Moedas (PSD), convidou os autarcas dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para um encontro para discutir medidas para contrariar o fenómeno.
No entanto, apenas os presidentes de Oeiras, Isaltino Morais (independente), e de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), compareceram, enquanto outros três – Barreiro (PS), Almada (PS) e Seixal (CDU) - fizeram-se representar por vereadores ou técnicos que acompanham a problemática.
No final do encontro, Carlos Moedas destacou o acordo sobre a necessidade de uma equipa conjunta intermunicipal, que ponha os “técnicos a falar diariamente”, para fazer face ao fenómeno.
O autarca admitiu que o fenómeno é mais expressivo em Lisboa, mas considerou que “os problemas que há no município [lisboeta] são também dos outros municípios” da AML.
Carlos Moedas destacou que também são necessários centros de acolhimento localizados noutros concelhos, mas que trabalhem em conjunto.
Para financiar todo este plano, o autarca apelou à ajuda do Governo e de fundos europeus.
Por outro lado, o presidente da Câmara de Lisboa lembrou que a cidade tem já aprovado um Plano Municipal para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo que prevê investimentos na ordem dos 70 milhões de euros em sete anos.
Portugal tem atualmente cerca de 10 mil pessoas em situação de sem-abrigo, sendo que só na AML estão cerca de metade do total.
Lisboa é a cidade mais afetada pelo fenómeno e conta atualmente com cerca de 3.000 pessoas em situação de sem-abrigo.
Carlos Moedas sublinhou ainda que não se trata apenas de retirar pessoas das ruas para alojamentos, mas também de lhes dar “a dignidade” de inserção no mercado de trabalho.
Dos 18 presidentes de municípios da AML, houve 12 que não compareceram, nem se fizeram representar: Amadora, Alcochete, Moita, Odivelas, Montijo, Loures, Palmela, Sintra, Sesimbra, Mafra, Setúbal e Vila Franca de Xira.
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