Instituto +Liberdade é como se chama a organização apartidária e sem fins lucrativos que promete ajudar a criar uma sociedade livre e mais desenvolvida, e que será liderada por Carlos Guimarães Pinto, professor de Economia e ex-presidente do Iniciativa Liberal, tendo à frente do Conselho de Curadores Carlos Moreira da Silva, acionista de referência da BA Glass e administrador do grupo Sonae, e Adolfo Mesquita Nunes, ex-deputado do CDS, como presidente da Mesa da Assembleia Geral.

O +Liberdade nasce de uma reflexão: "Temos hoje um país estagnado, endividado, em declínio demográfico e com graves problemas de independência das suas instituições. Temos também uma sociedade civil que tem sido incapaz de dar uma resposta a estes desafios, delegando nos partidos políticos toda a responsabilidade de transformação política e económica. Quem tem hoje menos de 30 anos nunca conheceu um país diferente. Nunca conheceu um país a crescer economicamente onde os filhos possam ter uma aspiração realista de viver melhor que os seus pais. Perdemos uma geração. Falhámos. Não podemos falhar outra vez. Não podemos permitir que isto aconteça a outra geração".

Para Carlos Guimarães Pinto "há dois grandes problemas quando uma estagnação se prolonga há muito tempo. O primeiro é o risco de as pessoas se acomodarem". "Quando a estagnação se prolonga por mais de 20 anos, muitos adultos nunca sequer viveram noutra realidade" e "outros já nem se lembram dela".

O segundo risco, diz o diretor executivo do +Liberdade, "é o das pessoas, legitimamente zangadas com as circunstâncias, se deixarem levar por quem lhes aponta soluções rápidas e fáceis, mesmo que essas soluções já tenham um longo histórico de trazer problemas ainda mais graves".

"Estou farto de estagnação, mas sei que a solução não passa por meter ricos contra pobres e pobres contra miseráveis, mas sim permitir que todos tenham oportunidades de crescer", considera. Para combater a estagnação Carlos Guimarães Pinto prefere apostar "na educação, na literacia e no acesso à informação". E é esse o objetivo do Instituto +Liberdade, "defender os pilares da democracia liberal em que as sociedades ocidentais assentaram para se tornarem desenvolvidas: a democracia, a economia de mercado e a liberdade individual. São estes os valores que nos permitiram o desenvolvimento, retirar milhares de milhões da pobreza, mas também os valores que nos deram liberdade de sermos quem quisermos, de exprimirmos o que quisermos e de participarmos nas decisões coletivas da sociedade em igualdade de circunstâncias".

Na carta de princípios publicada na página oficial do instituto pode ler-se que o "+Liberdade defende as causas do comércio livre, competitividade fiscal, escrutínio dos poderes públicos, combate à corrupção, mobilidade social e liberdade de escolha, tendo como objetivo fomentar uma sociedade inovadora e empreendedora assente na utilização sustentável dos recursos naturais".

Até 12 de fevereiro, a data de lançamento, o Instituto +Liberdade aceita a inscrição de membros fundadores. Uma unidade de participação, ou seja, um voto nas decisões organização, corresponde a uma quota anual de 50 euros - os menores de 25 anos estão isentos do pagamento da primeira unidade de participação.