Em comunicado, o movimento explica que a ação ocorreu ao início da manhã, no dia em que a Galp divulgou os resultados dos primeiros nove meses do ano.
"Procura-se a criminosa família Amorim pelo assassinato por calor extremo de 50 mil pessoas na Europa só este verão, e por deslocar e condenar à morte milhares de pessoas", lê-se num dos cartazes.
A porta-voz do protesto, citada em comunicado, afirma: "os donos disto tudo enchem os bolsos com fortunas milionárias à custa das nossas vidas. Sabem que estão a levar-nos ao colapso social e climático e atiram-nos areia para os olhos enquanto constroem os seus bunkers”.
“O negócio dos combustíveis fósseis, levado a cabo por empresas como a Galp e com o aval dos governos, é a principal causa das catástrofes climáticas - incêndios, cheias, furacões, tempestades - a que temos assistido e que têm destruído a vida de milhares de pessoas”, refere o movimento.
O Climáximo cita ainda um estudo da Universidade de Harvard, de 2021, que indica que uma em cada cinco mortes a nível global são provocadas pela queima de combustíveis fósseis.
"A Galp tem de ser desmantelada e o dinheiro que fez com a destruição - tal como o dos acionistas ultraricos e da família Amorim - tem de ser utilizado para garantir uma transição energética justa", acrescenta a porta-voz do protesto.
Na nota hoje divulgada, o coletivo Climáximo convida todas as pessoas a participarem na ação “Parar Enquanto Podemos”, agendada para o dia 23 de novembro, altura em que estarão a ser fechadas as discussões na Conferência das Nações Unidas pelo Clima (COP29) assim como do Orçamento de Estado (OE) para 2025.
A Galp fechou os primeiros nove meses deste ano com um lucro de 890 milhões de euros, um aumento de 24% face ao mesmo período de 2023, indicou hoje a petrolífera em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No mesmo período, o grupo registou um EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) de 2.609 milhões de euros, menos 8% do que no período homólogo.
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