No seu relatório anual, aquela agência das Nações Unidas indica que a concentração média de dióxido de carbono atingiu 407,8 partes por milhão em 2018, mais 0,56 por cento do que em 2017.
Trata-se de uma concentração 146% superior à verificada na época pré-industrial (referida a 1750) e uma subida anual superior à média dos 10 anos anteriores, segundo a OMM, que usa os dados recolhidos em estações meteorológicas no Ártico, zonas montanhosas e ilhas tropicais.
Quanto ao metano, outro dos gases com efeito de estufa, atingiu uma concentração na atmosfera de 1,86 partes por milhão, também um máximo histórico que chega a 259% dos níveis da era pré-industrial.
“As gerações futuras terão que enfrentar consequências cada vez mais graves das alterações climáticas”, conclui a OMM, cujo secretário geral, Petteri Taalas, salientou que concentrações a este nível só aconteceram há cerca de três milhões de anos, quando “a temperatura era dois a três graus mais alta e o nível do mar era 10 a 20 metros superior ao atual”.
Taalas salientou que “não há sinais de que vá haver uma desaceleração, muito menos uma diminuição, da concentração dos gases com efeito de estufa na atmosfera apesar de todos os compromissos assumidos no acordo de Paris sobre as alterações climáticas”.
O alerta da OMM surge a poucos dias do início da conferência das alterações climáticas da ONU, que se realiza em Madrid.
Os números não se referem à quantidade destes gases que foi emitida, mas à que permanece na atmosfera.
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