De acordo com o Executivo de Berlim, os países que fazem parte desta lista estão afetados pelas mutações do novo coronavírus.
"Neste momento, estamos na fase de coordenação entre os ministérios para proibirmos a entrada de [pessoas provenientes] destes países. Quero dizer, de regiões onde se apresentam as mutações [do SARS-CoV-2], disse o ministro antes da reunião informal dos ministros do Interior da União Europeia que se realiza hoje através de vídeoconferência.
Seehofer admite que a lista de quatro países, que incluiu Portugal, pode vir a ser alargada nas próximas semanas.
O ministro acrescentou que, "como sempre em política", a questão "mais importante" agora é decidir "quais vão ser as exceções que vão ser aplicadas".
Nesse sentido, frisou que não quer especular e que vai esperar pelo resultado das consultas governamentais que se "estão a levar a cabo de forma muito intensa".
Na terça-feira passada, Seehofer afirmou ao diário alemão Bild que o Governo de Berlim estava disposto a propor a redução "quase a zero" dos voos internacionais e restringir ao máximo as viagens essenciais ao país.
"O perigo provocado pelas múltiplas mutações [do novo coronavírus] obriga-nos a considerar medidas drásticas", disse Seehofer sem especificar os planos, apesar de ter indicado que se estava a estudar o endurecimento dos controlos fronteiriços, especialmente com as regiões de risco elevado.
No domingo, entraram em vigor na Alemanha restrições à entrada no país de viajantes provenientes de zonas de "alta incidência acumulada" em sete dias: superior a 200 casos por 100 mil habitantes.
Desses países já fazem parte cerca de 20 Estados, entre os quais, Portugal, Espanha, República Checa, Bolívia e Colômbia.
Os viajantes provenientes destes países de "alta incidência" devem apresentar um duplo teste negativo para poderem entrar em território alemão, realizado até 48 horas antes do voo e depois devem realizar um teste, no quinto dia de quarentena, quando já se encontram em território alemão.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 11.305 pessoas dos 668.951 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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