De acordo com o jornal britânico The Guardian, o episódio ocorreu numa casa na vila de Chalermkiatpattana, localizada junto ao parque nacional de Kaeng Krachan, na Tailândia.
A residente da casa, Ratchadawan Puengprasoppon, acordou no sábado de manhã com o barulho que vinha da sua cozinha. Ao lá chegar, deparou-se com um elefante com a cabeça enfiada num buraco na parede.
O animal, um macho chamado Boonchuay residente no parque natural, estava à procura de comida, usando a sua tromba para inspecionar gavetas e panelas, atirando equipamento de cozinha para o chão. A mulher, não sabendo como parar esta invasão, optou por captar o momento.
Segundo o jornal, esta não é a primeira vez que Boonchuay visitou quer a vila de Chalermkiatpattana, quer a casa de Ratchadawan Puengprasoppon. Da primeira vez que se deslocou a sua casa, o elefante também causou estragos na cozinha, no valor de 50.000 baht (perto de 1323 euros).
Os elefantes do parque de Kaeng Krachan abandonam os seus terrenos e deslocam-se à vila porque são atraídos pela comida à venda no mercado local. Entrevistado pelo The Guardian, Joshua Plotnik — professor assistente de psicologia do Hunter College, em Nova Iorque, e que estuda a população de elefantes do parque de Salakpra, também na Tailândia — diz que os elefantes costumam invadir terrenos agrícolas na sua vizinhança para comer cana de açúcar ou milho aí plantados.
Ainda que seja uma situação difícil para os agricultores, a maioria respeita os elefantes. “Eles ficam frustrados com esta situação, e querem arranjar soluções para este problema, mas raramente culpam os elefantes”, diz o especialista.
Itthipon Thaimonkol, responsável pelo parque natural de Kaeng Krachan, diz que voluntários da vila e membros do parque costumam juntar-se para monitorizar os elefantes, fazendo barulhos para afugentar os animais de volta para a floresta.
Este é um problema cada vez mais comum na Ásia, diz Plotnik, porque “há uma redução dos recursos naturais para os elefantes e um aumento das perturbações humanas nas suas redondezas”. Barreiras e outras medidas de controlo acabam por ser insuficientes porque os animais, atraídos pelos recursos ao dispor dos humanos, acabam por contorná-las.
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