Este alegado plano inclui a produção de um vídeo de propaganda, que mostraria explosões encenadas e utilizaria cadáveres e atores representando pessoas enlutadas, explicou um alto funcionário do governo de Joe Biden, que falou à agência Associated Press (AP) sob a condição de anonimato.
O plano divulgado resulta de dados recolhidos pelos serviços de informações norte-americanos e que foram desclassificados e compartilhados com as autoridades ucranianas e os aliados europeus nos últimos dias.
Esta é a mais recente alegação dos Estados Unidos e Reino Unido de que a Rússia planeia utilizar um falso pretexto para iniciar uma guerra contra a Ucrânia.
Em dezembro, a Casa Branca já tinha acusado a Rússia de desenvolver uma operação de ‘bandeira falsa’ de forma a ter um pretexto para uma invasão.
O Reino Unido apontou recentemente ucranianos específicos acusados de terem ligações com os serviços de informações russos e que planeiam derrubar o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Também recentemente os Estados Unidos divulgaram um mapa com posições militares russas e detalharam como as autoridades acreditam que Moscovo tentará invadir a Ucrânia com até 175.000 militares.
Sobre a operação de ‘bandeira falsa’, divulgada hoje, a fonte do governo do Presidente norte-americano Joe Biden explicou que Washington está a desenvolver um esforço conjunto para divulgar a informação recolhida de forma a dissuadir a Rússia de avançar com uma invasão.
A Casa Branca teme que o vídeo, caso seja divulgado, possa dar a Vladimir Putin o ‘empurrão’ de que acreditam estar à procura para colocar em ação uma invasão com justificação.
A NATO alertou hoje que Moscovo continua a acumular militares e equipamento na Bielorrússia, atingindo o número mais alto dos últimos 30 anos.
“Nos últimos dias, assistimos a um movimento significativo de forças militares russas para a Bielorrússia. Este é o maior destacamento russo para o país desde a Guerra Fria”, disse secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, em Bruxelas, citado pela AP.
Stoltenberg admitiu que o número de tropas russas na Bielorrússia pode ser aumentado para 30.000 efetivos, com o apoio de forças especiais, caças bombardeiros, mísseis balísticos de curto alcance Iskander e sistemas de defesa antimísseis terra-ar S-400.
O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas na fronteira com a Ucrânia para invadir novamente o país, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.
Moscovo nega essa intenção, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca será membro da NATO.
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