O autor da denúncia judicial, Alexander Vindman, testemunhou no processo de destituição de 2019, sobre um telefonema no qual Trump terá pressionado o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar o rival democrata Joe Biden e o seu filho, Hunter.
O processo judicial que entrou hoje num tribunal federal em Washington — com acusações de “campanha intencional e concertada de crimes”, “intimidação” e “assédio” sobre a sua decisão de testemunhar no Congresso – indicia Donald Trump Jr., filho mais velho do ex-Presidente, Rudy Giuliani, advogado pessoal de Trump, e os ex-assessores de comunicação da Casa Branca Dan Scavino e Julia Hahn.
Vindman alega que, depois de ter sido convocado pelo Congresso para testemunhar no processo de ‘impeachment’ de Trump, aquelas pessoas e outras coordenaram e promoveram “narrativas falsas” sobre si, incluindo que era um espião ao serviço da Ucrânia, para além de o terem acusado falsamente de mentir sob juramento.
“As ações tomadas pelos denunciados contra o tenente-coronel Vindman também enviaram uma mensagem a outras potenciais testemunhas: cooperem por vossa conta e risco”, pode ler-se no documento hoje apresentado no tribunal.
Em julho do ano passado, Vindman anunciou que se iria reformar do Exército, após mais de 21 anos de funções, alegando igualmente acusações de assédio, ‘bullying’ e intimidação, tal como no atual processo.
Nos últimos meses, o tenente-coronel lançou um livro sobre a sua experiência, intitulado “Here, Right Matters: An American Story” (“Aqui, o correto interessa: uma história americana”, numa tradução literal).
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