Segundo o primeiro relatório trimestral disponível na página da internet do Fundo Revita, até 30 de setembro aderiram 35 entidades, com donativos em dinheiro, em bens e prestação de serviços, tendo doado um total em dinheiro que ascende a 3.787.590,31 euros.
Para garantir a eficiência na distribuição de donativos, foram criados protocolos com diversas entidades, como a Cáritas Diocesana de Coimbra e a União das Misericórdias Portuguesas, em conjunto com a Fundação Calouste Gulbenkian, que agregam outros donativos e são responsáveis pela sua gestão.
Foi igualmente celebrado um protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa para que esta assuma o papel de coordenadora logística.
Neste quadro de cooperação, foi assegurada pelo Fundo Revita a distribuição das casas a recuperar e a reconstruir na sequência dos incêndios, tendo sido atribuídas aos diversos fundos para reconstrução 205 casas de primeira habitação, das quais 195 estão “em andamento, com obras de avaliação, em projeto, em consulta de preço, adjudicação, consignadas, em execução ou concluídas”, indica o relatório.
“Deste conjunto, destacam-se 66 casas em fase mais avançada, nomeadamente duas habitações com obra consignada, 64 com obra em execução e 35 já concluídas”, acrescenta o documento.
O Fundo Revita tem diretamente a seu cargo a reabilitação de 88 casas, com um perfil de intervenção mais exigente, pois trata-se de reconstruções integrais. No final de setembro, encontravam-se em fase de processamento de pagamento 16 processos, no valor de 58.666,74 euros.
O Conselho de Gestão decidiu igualmente aplicar parte dos donativos do Fundo Revita na recuperação da atividade dos produtores agrícolas e da agricultura de subsistência, cobrindo por esta via prejuízos superiores a 1.053 euros e inferiores a 5.000 euros sofridos pelos agricultores nos concelhos de Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Pedrógão Grande.
Neste âmbito, no final de setembro estava autorizado e em fase de processamento o pagamento de subsídios a 363 produtores agrícolas, no valor total de 812.712,30 euros. Com este apoio é dada resposta a necessidades identificadas e que não estavam cobertas por medidas de política pública dirigidas às áreas e população afetadas.
O incêndio que deflagrou no dia 17 de junho em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois. As chamas alastraram aos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra, Penela e Sertã.
Comentários