“Vamos avançar com 28 milhões de euros para essa medida, sendo que essa medida será regionalizada. Isto é, uma medida para as áreas ardidas e que será com dotação para cada uma das regiões”, disse hoje à agência Lusa, em Gouveia, no distrito da Guarda, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas.
Segundo o secretário de Estado, as dotações financeiras anunciadas serão apresentadas, “no momento adequado”, para cada uma das regiões. Assegurou, no entanto, que “o valor global da medida” será de 28 milhões de euros.
“Nós pretendemos, acima de tudo, fazer a substituição de espécies de crescimento rápido por espécies de crescimento lento, em zonas devidamente vocacionadas para essas espécies”, disse.
Segundo Miguel Freitas, o grande objetivo desta medida “é retirar área de espécies de crescimento rápido, nomeadamente eucalipto, e substituir por espécies de crescimento lento”.
“E o tratamento que daremos a essas áreas é o mesmo tratamento que damos hoje quando instalamos uma floresta em local onde não existia floresta”, anunciou.
Explicou ainda que “existem medidas no PDR 2020 que assim funcionam”.
“Portanto, foi possível negociar com Bruxelas uma medida que permite, acima de tudo, pagar aquilo que é a limpeza do terreno, a instalação da nova cultura e cinco anos de manutenção, sendo que esse pagamento dos cinco anos de manutenção são 120 euros por hectare ao ano”, declarou.
O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural sublinhou que o Governo não pretende “acabar com o eucalipto”.
“Não é essa a ideia. Portanto, a ideia é a de, acima de tudo, fazer nos locais certos a substituição de espécies de crescimento rápido por espécies de crescimento lento. Nós consideramos que é necessário ter bom ordenamento, ter boa gestão e [que] as espécies, cada uma delas, esteja no sítio onde deve estar”, justificou.
A nova medida de apoio vai ser lançada em outubro e já decorreu uma reunião com as associações florestais na semana passada, admitindo o governante que a mesma será “um estímulo importante”.
Na terça-feira, em Tondela, Viseu, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural disse à Lusa que “o primeiro grande objetivo é substituir o eucalipto por áreas de floresta de crescimento lento”, mas “essa medida também poderá servir para aqueles que queiram fazer a substituição em áreas ardidas”.
Comentários