O aviso foi feito na data em que se assinala o Dia Mundial contra as Hepatites.
Segundo a OMS, mais de um milhão de pessoas morrem anualmente no mundo com hepatites, sendo as mais letais as dos tipos B e C, que afetam 350 milhões de doentes, mas que estão subdiagnosticadas.
“Milhões de pessoas vivem com hepatite não diagnosticada e não tratada em todo o mundo, apesar de termos as melhores ferramentas para a prevenir, diagnosticar e tratar”, declarou à imprensa, a partir da sede da OMS, em Genebra, Suíça, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Dos doentes diagnosticados no mundo com hepatite C, doença curável com antivirais, apenas 13% receberam tratamento, com a percentagem a cair para os 2% nos doentes com hepatite B crónica.
A OMS lançou uma campanha, sob o lema “Uma vida, um fígado”, que visa erradicar a hepatite C como problema de saúde pública até 2030.
A maioria dos casos (80%) concentra-se nos países mais pobres, onde as pessoas que consomem drogas ou estão presas são as que apresentam taxas de infeção mais elevadas e têm menos acesso aos serviços de saúde.
Para evitar novas infeções e mortes por hepatite B e C, a OMS recomenda o acesso facilitado a tratamento para as grávidas com hepatite B ou a vacinação de recém-nascidos.
No caso da hepatite B, a transmissão da infeção da mãe para o filho durante a gravidez é mais habitual nas regiões do Pacífico Ocidental, África e Sudeste Asiático.
A hepatite é uma infeção do fígado comummente causada por vírus de vários tipos, incluindo os B e C. As hepatites B e C podem transmitir-se de mãe para filho durante a gestação, numa relação sexual, numa transfusão de sangue ou na partilha de seringas.
Ambas hepatites podem evoluir para doença crónica, sendo que para a hepatite B existe vacina.
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