A agência italiana cita o crítico de cinema e antigo presidente da câmara de Roma Walter Veltroni, que revelou a informação da morte da atriz na rede social Twitter, que veio a ser subscrita pelo ministro italiano da Cultura.
“Roberto Russo, o seu companheiro nestes anos, pediu-me para comunicar que Monica Vitti já não está entre nós. Faço-o com grande dor, carinho e saudade”, escreveu Veltroni.
Monica Vitti — nome artístico de Maria Luisa Ceciarelli — completou 90 anos em novembro passado e estava há duas décadas afastada da vida pública, diagnosticada com a doença de Alzheimer.
Apesar de ter começado no cinema com Ettore Scola, Monica Vitti ficou conhecida sobretudo a partir dos anos 1960 quando protagonizou vários filmes de Michelangelo Antonioni, nomeadamente “A aventura” (1960), “A noite” (1961), ao lado de Jeanne Moreau e Marcello Mastroianni, “O eclipse” (1962), com Alain Delon, e “O deserto vermelho” (1964).
Monica Vitti popularizou-se ainda em papéis de comédia, em filmes de Mario Monicelli e, sobretudo, com Alberto Sordi, em “Os laços do matrimónio” (1970) e “Pó de Estrelas” (1973), entre outros.
Ao longo da carreira, Monica Vitti contracenou também com Terence Stamp, Richard Harris, Michael Caine, Tony Curtis ou Claudia Cardinale, trabalhou com Luis Buñuel e recebeu vários prémios, entre os quais o Leão de Ouro de carreira, no festival de cinema de Veneza.
A última vez em que Monica Vitti apareceu num evento público foi em 2002 em Paris, na estreia do musical “Notre-Dame de Paris”, escreveu a Ansa.
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