Entre os fundadores, além de Miguel Morgado, que se assume como presidente do movimento, contam-se pessoas do PSD, do CDS-PP e dos novos partidos Aliança e Iniciativa Liberal, bem como outras sem partido.
“Somos os Nascidos a 5 de Julho, ou o Mov 5.7. Formamos um movimento cívico e cultural que veio, não para substituir os partidos, mas para auxiliar os partidos da direita. Viemos para abrir um espaço de reunião e refundação das direitas e de toda a família não-socialista. Queremos conversar e discutir todos os temas, grandes e pequenos, que nos ligam ao futuro, sem tabus nem conformismos”, escreveu hoje Miguel Morgado, nas redes sociais.
Em declarações à Lusa, e questionado sobre o nome do movimento cívico, o antigo assessor político do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho explicou que em 05 de julho de 2019 cumprir-se-á o 40.º aniversário da formação da Aliança Democrática, liderada pelo PPD de Sá Carneiro, e que integrava, em 1979, também o CDS-PP e o PPM.
“O que une as diferentes sensibilidades do movimento é a reconstrução, reunião da família não socialista, das direitas, para se afirmar uma base cívica cultural e, finalmente política, que ofereça ao país uma alternativa não socialista de sociedade”, explicou, salientando que, embora o país não seja hoje o mesmo, esta AD é o “precedente histórico” em que o movimento se revê.
Entre os fundadores, disponíveis no ‘site’ do movimento, contam-se várias pessoas do PSD – como o antigo diretor de campanha de Cavaco Silva Alexandre Relvas, Carlos Costa Neves, Pedro Lomba - do CDS, como a vice-presidente Cecília Meireles, as deputadas Ana Rita Bessa e Vânia Dias da Silva, o antigo dirigente Pedro Pestana Bastos, e o presidente da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, bem como elementos da Aliança, como João Pedro Varandas, além de nomes como a escritora e jornalista Maria João Avillez, o historiador Rui Ramos ou o ex-secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas.
“Viemos para auxiliar os partidos, mas não para nos substituirmos a eles. Cada um de nós nos seus partidos, o que queremos é fortalecer as bases culturais, sociais e cívicas que precisavam de ser revitalizadas. Vão ser os partidos que vão ter de protagonizar o debate político, não haja qualquer equívoco, queremos ser um movimento cívico e cultural sempre, não mais do que isso”, assegurou.
Miguel Morgado considerou até que uma convergência partidária entre estas forças políticas antes dessa revitalização “seria sempre espúria”.
“Depois de 2019, depois de 2020, quando as lideranças dos partidos considerarem adequado, podem interpretar essa grande federação, essa convergência do espaço não socialista”, afirmou.
O deputado, que já se manifestou anteriormente disponível para ser candidato à liderança do PSD, não quer misturar esse tema como o movimento 5.7.
“Não confundo o meu papel de militante do PSD e os deveres que tenho para com o PSD com o trabalho que quero levar a cabo no movimento”, frisou, acrescentando que nem sequer há eleições marcadas no PSD antes do final do ano.
O manifesto do Mov 5.7 será apresentado em 23 de março, em Lisboa.
No ‘site’, na parte dedicada à apresentação do movimento, os fundadores escrevem que “a Direita atravessa hoje uma crise política e cultural que é evidente para todos”.
“O perigo que a espreita não é menor do que a oportunidade que abre – refundar-se e reconstruir-se para depois se federar. Este é o momento para iniciar essa tarefa”, referem.
Comentários