“No fim de ano a afluência é significativa, à semelhança do que acontece, por exemplo, nos fins de semana prolongados, pelo que os alojamentos chegam a esgotar em alguns dos empreendimentos”, explicou à Lusa Beatriz Santos, diretora comercial da Orbitur, empresa com 21 parques de campismo no continente, na maioria abertos todo o ano.
Nesta altura festiva, os clientes são sobretudo nacionais, apesar de muitos estrangeiros estarem também presentes, no âmbito de estadias prolongadas de inverno.
“A procura de programas alternativos por parte dos jovens e famílias com crianças leva as pessoas a deslocarem-se das suas casas para outras paragens. Por outro lado, alguns dos nossos parques dinamizam festas e jantares alusivos, oferecendo pacotes combinados de alojamento e jantar, só alojamento, alojamento e pequeno-almoço”, referiu Beatriz Santos.
Este ano, os parques de Angeiras (Matosinhos, no Grande Porto), Sitava Milfontes (Odemira, no litoral alentejano) e Montargil (Ponte de Sor, no interior do Alentejo) são os que apresentam ofertas especiais para a data, mas os campistas podem ainda contar com espaços em zonas tão distintas como Caminha, Vila Nova de Gaia, Marinha Grande, Cascais, Évora, Quarteira ou Vila do Bispo.
Há clientes da Orbitur que têm equipamentos próprios instalados nos parques e aproveitam as épocas festivas para ocupá-los.
Esta é uma tendência significativa nos parques de campismo da Fundação Inatel, que explora dois deles (Caparica, no distrito de Setúbal, e Cabedelo, em Viana do Castelo) e tem um terceiro concessionado (São Pedro de Moel, Marinha Grande, distrito de Leiria).
“Os campistas dos nossos parques são clientes habituais, que, por isso, adquirem a sua permanência ao ano. Registamos, de entre estes, como é natural, a ocupação dos seus espaços de forma mais regular. Em resumo, os campistas alugam o seu espaço ao ano, na maioria dos casos, e nesta altura, bem como no período de férias de verão, registamos uma maior afluência dos já clientes ao parque”, indicou a fundação.
Segundo o presidente, Francisco Madelino, as caravanas são o alojamento preferido e a praia e as zonas verdes são atrativos importantes para fidelizar os clientes, que acabam por se aproximar.
“Há pessoas que se conhecem há muitos anos, colaboram até na própria gestão do parque, e muitas optam por festas campestres”, afirmou, acrescentando que se trata de um convívio entre várias gerações.
Já no Lisboa Camping & Bungalows, com 38 hectares em Monsanto e também a funcionar todo o ano, os ocupantes são “essencialmente jovens que pretendem passar o ano no seu grupo de amigos”.
Neste parque com capacidade para mais de 1.800 hóspedes, os alvéolos para autocaravanas e os ‘bungalows’ são os alojamentos mais procurados (há ainda a área de acampamento livre), tendo em conta a altura do ano.
“No Ano Novo a ocupação equipara-se à época alta, tendo sempre, nos últimos anos, ocupação completa nos ‘bungalows’”, informou o departamento de marketing.
A muitas dezenas de quilómetros rumo ao interior do país, no distrito de Castelo Branco, os clientes do Parque de Campismo Municipal de Idanha-a-Nova nesta altura do ano são sobretudo estrangeiros, mas a procura é baixa comparada com o verão, época em que a ocupação ronda entre os 70% e 80%.
Ainda assim, de acordo com Rui Mendonça, do Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanha-a-Nova, entidade gestora do parque desde maio de 2015, o espaço (com capacidade para 1.400 campistas) está aberto todo o ano, sem preços específicos para as épocas baixa e alta.
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