Esta posição foi transmitida pela deputada do PSD Carla Barros, na sequência da notícia hoje divulgada pelo jornal Público de que a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) "acusa o Governo de pôr em causa a sua independência" e de "querer um concurso à medida" para diretor-geral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
"Temos receio de que neste momento esteja a acontecer aquilo que sempre aconteceu nos Governo do PS, que é um assalto do PS aos altos cargos da Administração Pública. A Administração Pública não pode estar ao serviço do PS, neste caso, do Governo do PS. Tem, sim, de estar ao serviço dos cidadãos e das empresas", afirmou Carla Barros aos jornalistas, nos Passos Perdidos da Assembleia da República.
A deputada do PSD referiu que "em causa está a ocupação do cargo de diretor-geral para a DGAEP" e que "o Governo se recusa a selecionar um dos três nomes propostos por esta comissão independente", o que considerou uma intromissão "nada transparente e intolerável" num "organismo independente" conhecido pelo seu "rigor e excelência".
O PSD decidiu, por isso, apresentar um requerimento na Comissão de Trabalho do parlamento para que sejam ouvidos com urgência o ministro das Finanças, Mário Centeno, e a presidente da Cresap, Júlia Ladeira, "para explicar os contornos que estão aqui em torno desta violação e desta falta de isenção do Governo", acrescentou.
O requerimento do PSD dará entrada hoje, mas a sua discussão só acontecerá "provavelmente na primeira reunião do ano" de 2019 da Comissão de Trabalho, adiantou.
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