Nordahl Lelandais, de 34 anos, autor confesso do homicídio de Maëlys de Araújo foi internado a pedido do seu advogado, num hospital em Lyon, na sexta-feira, 16 de fevereiro, "por precaução". As causas do internamento são desconhecidas, mas fonte ligada ao processo assegura que não houve tentativa de suicídio, adiantou a France Presse.
No dia 14 de fevereiro, o principal suspeito de ter matado a lusodescendente Maëlys de Araújo, Nordahl Lelandais, confessou o crime e os restos mortais da menina de nove anos foram encontrados, revelou o procurador de Grenoble, Jean-Yves Coquillard.
Jean-Yves Coquillard indicou que foi na sequência da descoberta de uma mancha de sangue na mala do carro que o suspeito decidiu falar com os juízes de instrução. “O advogado foi visitar o cliente ontem (terça-feira) e Nordahl Lelandais pediu aos juízes de instrução para o ouvirem hoje porque tinha revelações a fazer e queria levar a justiça ao local onde colocou o corpo de Maelis”, continuou o procurador. De acordo com o mesmo responsável, “Nordahl Lelandais disse que matou Maëlys involuntariamente e desfez-se do corpo” e “pediu desculpas aos pais de Maëlys, a Maëlys e aos juízes de instrução”.
O procurador precisou, ainda, que Nordahl Lelandais não explicou as circunstâncias da “morte involuntária” porque disse que “primeiro queria que o corpo fosse encontrado e explicaria depois”. As autoridades encontraram o crânio e alguns outros restos do corpo da menina durante as buscas, em que Nordahl Lelandais estava presente.
Os investigadores informaram no dia seguinte que encontraram “quase todos” os restos mortais de Maëlys de Araújo.
Ainda por determinar estão as circunstâncias da morte da criança de nove anos. O suspeito Nordahl Lelandais, um antigo militar, permanece em silêncio.
Maëlys, de 9 anos, desapareceu a 27 de agosto do ano passado em Pont-de-Beauvoisin, no leste de França.
Nordahl Lelandais, cujo perfil psicológico continua a confundir os investigadores, é desde 20 de dezembro o principal suspeito de um outro homicídio, o do cabo Arthur Noyer, ocorrido em abril passado naquela mesma região, em Chambéry.
(Notícia atualizada às 10h20)
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