Foi a mãe, Caitlin Carew, através das redes sociais, que contou a história e da ação da filha, de acordo com o The New Zealand Herald.
Tudo começou numa viagem de carro que tinha como destino a casa dos avós. Zoe, 7 anos, estava na companhia do irmão, quando reparou na sinalização — que indicava que os trabalhadores que instalam e arranjam os cabos de alta tensão estavam na área — à beira da estrada durante o caminho. A menina olhou, estranhou e indagou sobre o assunto. E inquiriu o adulto que conduzia, o pai. Depois, decidiu que tinha de fazer alguma coisa relativamente a toda aquela informação e resolveu escrever à entidade competente, a Agência de Transportes da Nova Zelândia.
"Na semana passada o meu pai levava-me a mim e ao meu irmão para casa dos meus avós em Eastbourne [fica a 25 km da capital neozelandesa, Wellington]. Nós vimos algumas pessoas a trabalhar nas linhas ao pé da estrada. Nós reparamos que havia um sinal de aviso dizia Linemen [termo que designa o técnico que instala e/ou faz a manutenção das linhas das redes elétrica, telefónica ou telegrafo]. Falámos sobre este sinal e perguntou-me porque é dizia men [homem] quando as mulheres também podem ser trabalhadoras", pode ler-se na carta.
"Porque dirá um sinal Linemen quando as pessoas que trabalham nos cabos podem ser homens ou mulheres? Penso que é um sinal injusto e errado porque as mulheres também podem ser lineworkers", continua a mensagem da menina que tinha como destinatário Fergus Gammie, chefe executivo da Agência de Transportes da Nova Zelândia.
Todavia, como muitas vezes acontece nestas ocasiões, a pequena Zoe não ficou sem resposta. Gammie não deixou de apreciar e de endereçar as preocupações da menina, tendo o seu parecer sobre esta questão sido partilhada pela mãe nas redes sociais, que revelou estar "muito orgulhosa da minha [filha] de 7 anos".
Em resposta, a agência de Transportes da Nova Zelândia indicou que vai efetivamente alterar o termo utilizado nos sinais: de Linemen para LineCrew — ainda que não seja para já.
"Os novos sinais vão substituir os antigos quando precisarem de serem substituídos por desgaste e deterioração — [algo] que poderá levar algum tempo", respondeu.
O Chefe executivo traçou elogios pela sugestão e por ter tomado uma atitude numa coisa que não considerava justa. Todavia, explicou que a line workers iria obrigar que o tamanho da sinalização fossem aumentados e que line crew seria a opção mais viável, sem obrigar a alteração das dimensões.
Porém, Zoe não escreveu a carta pensar nela própria. Escreveu, sim, a pensar noutras meninas e mulheres que pudessem ter interesse em seguir a profissão. E conseguiu.
"Eu não quero realmente ser uma lineworker quando crescer porque existem muitas outras coisas mais excitantes que quero fazer, mas algumas raparigas poderão querer aprender a linewomen. Será que podiam mudar alterar o sinal para Line-workers ou qualquer correcta e justa como essa?", escreveu.
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